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SÃO PAULO – Em coluna da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo destaca que o centro da discórdia do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). De acordo com a colunista, Calheiros está convencido de que Temer tentou ajudar políticos com quem tem estreita ligação a se livrarem das investigações, pouco se importando com o destino do próprio senador.
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Na última semana, o embate entre Temer e Renan ficou claro. Renan responsabilizou o vice pela divisão no partido. “Não quero analisar quem tem força ou quem não tem no PMDB. Só quero lembrar da responsabilidade do presidente do partido. É ao presidente do partido que cabe construir a unidade partidária. Não é difícil isso. A quem serve a divisão do PMDB? Dividir o PMDB para quê? O papel do presidente do PMDB é construir a união dessas forças todas, desses setores todos. O presidente tem responsabilidade nessa divisão”, criticou Renan.
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Temer respondeu em nota e disse que a comissão executiva do partido tem “plena competência” para tomar decisões em nome da legenda. Irritado com a resposta de Temer, Renan cogitou escrever uma tréplica com duas provocações pessoais, chamando-o de mordomo de filme de terror” e dizendo que o vice poderia virar carteiro. Renan ainda alfinetou Temer após a recondução de Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para a liderança do partido.
Segundo a colunista, citando interlocutores credenciados tanto de Temer quanto de Renan, o desentendimento começou quando o vice-presidente teve conversa reservada com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda no ano passado. Temer teria questionado Janot sobre políticos como Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), atual Ministério do Turismo, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O presidente do Senado afirmou, na época, que Temer pressionou Janot para que Cunha e Alves fossem excluídos das investigações, com declarações do senador vindo a público e que jamais foram desmentidas por ele.
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Os interlocutores de Temer disseram à colunista que ele apenas pediu informações a Janot, sem tentar interferir nos processos contra Cunha e Henrique Eduardo Alves. Tanto foi assim que eles foram alvo da fase Catilinárias da Operação Lava Jato, deflagrada na terça-feira.
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