A prisão de João Santana está impactando as eleições na República Dominicana

Publicitário trabalhava na campanha eleitoral de Danilo Medina, candidato à reeleição no país, mas deixou a campanha

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A prisão do marqueteiro João Santana, não repercutiu apenas na política brasileira. Ela deu munição aos candidatos de oposição à presidência da República Dominicana, que realiza eleições em maio e onde o publicitário estava. Ele trabalhava na campanha eleitoral de Danilo Medina, candidato à reeleição no país, mas deixou a campanha. 

Em carta encaminhada ao comitê do Partido de La Liberacion Dominicana (PLD), Santana disse que desligou-se da campanha para retornar ao Brasil para se defender de “acusações infundadas” das autoridades brasileiras. Na carta, Santana também disse que acordou com a notícia de que teve seu nome ligado à investigação da Lava Jato:  “Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em dia em meu país, não posso dizer que fiquei surpreso, mas, mesmo assim é difícil de acreditar”, disse.

E o mandado de prisão contra Santana deu munição aos opositores, conforme informa o jornal O Estado de S. Paulo. O PRM (Partido Revolucionário Moderno) pediu na segunda que o presidente Danilo Medina dê explicações sobre sua relação com o brasileiro, responsável por sua campanha à reeleição. 

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“Estamos diante de um fato em que a figura presidencial estaria associada a alguém acusado em seu país de graves atos de corrupção, de acordo com as investigações realizadas pela Justiça brasileira”, disse nota da legenda. Santana também trabalhou na campanha de Medina em 2012. Porém, os assessores do atual presidente tentaram minimizar o impacto da saída da campanha e as acusações contra Santana.  “Esse é um caso que tem relação com um assunto exclusivamente do Brasil, assunto que diz respeito aos brasileiros e que não tem relação com a República Dominicana”, disse o coordenador-geral da campanha. 

João Santana e sua esposa,  Mônica Moura, chegaram hoje à capital do Paraná, Curitiba. Ele e a mulher desembarcaram às 9h20, no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Em seguida, foram conduzidos em um avião da Polícia Federal para Curitiba.

Eles tiveram a prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, que investiga a relação de Santana com a empresa Odebrecht. A empreiteira também é alvo de investigações da Polícia Federal e teria feito repasses financeiros ao publicitário no exterior.

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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas inquéritos da Operação Lava Jato, determinou ontem (22) o sequestro de um apartamento, localizado em São Paulo, registrado em nome de Santana e de sua mulher. Há suspeitas de que o imóvel teria sido pago com dinheiro retirado de uma conta secreta na Suíça.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.