“A maré baixou e o Brasil foi pego de tanguinha”, afirma Giannetti

Durante evento, economista que apoia Eduardo Campos destacou que o Brasil vive uma reversão de expectativas e que passou de estrela do mundo emergente para uma frustração econômica

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Um dos principais nomes da equipe econômica de Eduardo Campos (PSB) para a presidência, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca teceu críticas às políticas do governo de Dilma Rousseff, que tentará a reeleição. Gianetti participou da 16ª Edição Nacional de RI e Mercado de Capitais. 

“A maré baixou e o Brasil foi pego de tanguinha”, brincou Giannetti, fazendo referências à fala do investidor bilionário Warren Buffett. O Oráculo de Omaha disse certa vez que “somente quando a maré é baixa que descobrimos quem estava nadando nu”.

Segundo Giannetti, do bloco dos emergentes ao pelotão vulnerável, o Brasil vive reversão de expectativas. O economista ainda destacou que o Brasil passou de estrela do mundo emergente à frustração econômica. 

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Além disso, o economista afirmou que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), uma das bandeiras do governo Dilma, na verdade é o Plano de Abuso da Credulidade. 

Candidato apoiado por Giannetti, Campos ainda patina nas intenções de voto. O último Ibope mostrou que ele possui 8% das intenções de voto, com queda em relação aos dois últimos levantamentos. 

Giannetti destacou como se deu a deterioração do setor macroeconômico que fez o país sair de um crescimento vigoroso que teve seu ápice no ano de 2010, quando o PIB cresceu 7,5%, “para um crescimento que dificilmente será superior a 1%”, apregoou. “Nossa meta era de 4,5% ao ano. E ainda estamos com uma inflação de 6,5% ao ano, o que realmente é perigoso”, afirmou. 

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Segundo ele, um dos pontos nevrálgicos e que levou o País a um cenário de incertezas é o baixo nível de investimentos em relação ao PIB. “O governo arrecada 40% e investe apenas 2,5% do PIB”, afirma.

Giannetti apontou três cenários para o pós-eleições. “No primeiro cenário, de reeleição, se reconhecerá os erros cometidos e se tentará mudar, sem choques expressivos, mas com correção nos preços tarifários represados e assim se conseguirá corrigir. No segundo cenário de reeleição, caso persista a manutenção da política econômica atual, poderemos assistir a uma piora substancial do país e poderemos até mesmo dançar um ‘tango argentino’. No terceiro cenário, com a vitória da oposição, poderemos assistir a novas medidas para se solucionar os pontos falhos”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.