A delação que o governo mais teme não é da Odebrecht

Planalto tem a convicção de que o ex-deputado Eduardo Cunha não ficará em silêncio por muito tempo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A delação premiada da Odebrecht ainda poderá render dores de cabeça para o presidente Michel Temer, apesar das informações de que o pior já teria passado, segundo informou a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. 

Contudo, a coluna informa que, nos bastidores, o que a cúpula do Palácio do Planalto mais teme não são os depoimentos de ex-executivos da empreiteira, e sim a convicção de que o ex-deputado Eduardo Cunha não ficará em silêncio por muito tempo.

Segundo o jornal, Cunha esperava que seus companheiros o ajudassem a tirar da prisão rapidamente. Contudo, há dois meses preso, as informações são de que a paciência está acabando. O Planalto possui convicção de que Cunha falará de qualquer forma, mesmo que a Operação Lava Jato não aceite firmar com ele eventual acordo de delação. Marcelo Odebrecht chegou a mencionar sugestão de Cunha para contratar a Kroll. A empresa de investigação corporativa poderia monitorar os passos da operação. Odebrecht jurou não ter acatado a ideia.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.