Renegociação de contratos

9 concessionárias de rodovias negociam repactuação, diz Ministério dos Transportes

Possibilidade de renegociar contratos sem necessidade de relicitação foi reconhecida pelo TCU em agosto, após provocação do governo federal

Por  Estadão Conteúdo -

O Ministério dos Transportes contabiliza nove concessões rodoviárias em processo de repactuação contratual, resultado do movimento do Executivo para evitar a relicitação de ativos. Quatro estão em fase avançada, com propostas próximas à avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) e as outras cinco estão modelando os acordos, segundo balanço da secretária de Transporte Rodoviário, Viviane Esse.

A possibilidade de renegociação de contratos sem necessidade de relicitação foi reconhecida pelo TCU em agosto deste ano. Por provocação do governo federal, o tribunal entendeu que a repactuação pode ser mais vantajosa para o interesse público do que a relicitação, uma vez que os processos tendem a ser demorados, comprometendo obras que atingem diretamente os usuários.

Antes mesmo da análise do TCU, o governo federal havia formado grupos de trabalho para analisar a repactuação de quatro concessões:

  • Arteris Fluminense (BR-101/RJ);
  • ECO 101 (R-101/ES/BA);
  • MSVIA (BR-163/MS);
  • ViaBahia (BR-116/324/BA e BA 526/528).

As três primeiras já estão com propostas entregues ao TCU, que será o responsável por realizar a análise a partir de critérios já definidos. Já a ViaBahia deve fazer a entrega ainda neste mês. “Temos mais cinco em negociação, em modelagem para poder apresentar o projeto conforme prevê portaria”, afirma Esse.

Perguntada sobre quais são essas cinco, A secretária disse que o ministério não pode divulgar os nomes enquanto as empresas não protocolarem as propostas.

A expectativa inicial do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), era de potencial acordo com 15 concessões com desequilíbrios contratuais. Especialistas dizem que o cenário ainda é desafiador para as concessionárias, mas nem todas têm potencial ou vontade de manter os ativos se adequando aos critérios estabelecidos pelo TCU.

A portaria do governo prevê que as propostas iniciais devem ser entregues ao governo até 31 de dezembro deste ano e que, depois disso, o governo tem 90 dias para analisar o pedido. Se aprovado, ele é encaminhado ao TCU, que tem mais 90 dias para analisá-los. Assim, os acordos podem ser concluídos já no meio de 2024.

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