74% dos brasileiros veem governo Temer pior ou igual ao de Dilma, aponta pesquisa Ipsos

Apenas 1% dos entrevistados afirmou que a gestão Temer supera as expectativas, enquanto metade (52%) avaliam-na como abaixo do esperado

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após atingir recorde negativo em dezembro, a aprovação do presidente Michel Temer subiu quatro pontos percentuais em janeiro e chegou a 19%, no mesmo nível que estava em julho do ano passado. Os dados são da pesquisa Pulso Brasil feito pela Ipsos entre os dias 5 e 18 de janeiro com 1.200 pessoas em 72 cidades do país. A avaliação negativa do peemedebista caiu para 75%, ficando dois pontos percentuais abaixo do registrado no mês anterior. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

A avaliação do governo também ficou dentro da margem, com a maioria dos entrevistados, 59%, classificando como ruim/péssima – ante 62% em dezembro e 52% em novembro. Apenas 1% dos entrevistados afirmou que a gestão Temer supera as expectativas, enquanto metade (52%) avaliam-na como abaixo do esperado. Para 12% está dentro do esperado, 17% diz que ainda é muito cedo para avaliar e 13% não tem expectativas quanto ao que poderia ser o governo.

A pesquisa mostra que as regiões Sudeste e Nordeste são as que pior avaliam o governo Temer, ambas com 57% dos entrevistados avaliando-o como abaixo das expectativas. Em seguida aparace o Sul (49%), Centro-oeste (43%) e Norte (23%).

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Quando comparado com os governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o governo de Michel Temer também é avaliado negativamente. Dois em cada cinco entrevistados (40%) avaliam o peemedebista como sendo pior que Dilma, 34% os consideram iguais, 17% melhor e 9% não soube responder. Já em relação a Lula, 56% afirmam ser pior, 21% igual, 13% melhor e 9% não soube responder.

“O que continua impactando negativamente a avaliação do atual governo são os frequentes escândalos de corrupção escancarados pela Lava Jato, a imagem negativa da classe política e a demora da retomada da crise econômica. A delação da Odebrecht pode acarretar em mais instabilidade política e afetar a governabilidade da atual gestão – especialmente se o nome do atual presidente for denunciado”, diz Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.

Sobre o futuro, quatro em cada cinco entrevistados têm nenhuma (34%), pouquíssima (23%) ou pouca (26%) expectativa em relação ao governo. Do outro lado, 10% têm alguma e 4% tem muita expectativa quanto ao que está por vir. Para 88% dos entrevistados, o Brasil está no rumo errado – resultado seis pontos percentuais abaixo da pior avaliação da Era Dilma, atingida em abril de 2016.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.