62% querem nova eleição e só 8% preferem Temer; Lula, Aécio e Marina também não podem comemorar

Rejeição a virtuais candidatos à presidência só aumentou, o que dá espaço para a entrada de "azarão" na disputa, aponta colunista do Estadão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – De acordo com pesquisa divulgada Ibope pelos colunistas José Roberto de Toledo, do jornal O Estado de S. Paulo, e de Lauro Jardim, do jornal O Globo, apenas 8% dos brasileiros acreditam que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e substituição dela pelo vice Michel Temer (PMDB) seria a “melhor forma de superar a crise política”. 62% estão a favor de novas eleições. 

Entre quem diz ter votado em Dilma em 2014, as opiniões estão divididas: 45% são pró-continuidade, e 44%, pró-eleição. Já entre os eleitores de Aécio Neves (PSDB) em 2014, três em cada quatro gostariam que Dilma e Temer saíssem, e um novo eleito entrasse: 77%, contra 13% pró-Temer.

Entre os entrevistados, 25%  avaliam que Dilma deveria continuar onde está — seja porque acham que ela faz uma boa gestão, seja porque toparia “um novo pacto entre governo e oposição”.

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A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 18 de abril, em 142 municípios de todos os estados do País. 

O levantamento não mostrou boas notícias para nenhum virtual candidato às eleições: o voto potencial a Aécio Neves passou de 40% em fevereiro para 32% em abril, enquanto sua rejeição subiu de 44% para 53%. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin passou de voto potencial de 30% em fevereiro para 24% este mês, enquanto sua rejeição oscilou de 52% para 54%. O senador José Serra passou de 32% em fevereiro para 28% agora, e sua rejeição também oscilou para 54%.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha 34% dos votos potenciais em fevereiro, passou a 31%, enquanto a sua rejeição cresceu de 61% para 65% desde fevereiro. Já Marina Silva oscilou: de 41% de voto potencial para 39%, enquanto sua rejeição subiu de 42% para 46%.

Ciro Gomes (PDT) manteve os 19% de voto em potencial e sua rejeição segue em 45%. Já Jair Bolsonaro (PSC) entrou pela primeira vez na pesquisa e chegou a 11% de potencial de voto, enquanto outros 34% dizem que não votariam nele de jeito nenhum. Sua rejeição é menor que a dos demais talvez porque ele é o mais desconhecido: 54% não o conhecem, destaca Toledo. O colunista do Estadão também ressalta: a corrida presidencial está aberta a azarões.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.