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SÃO PAULO – A maioria dos deputados federais decidiu votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas, se a sessão plenária decisiva fosse hoje, ela permaneceria no cargo. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Datafolha entre 21 de março e 7 de abril. Conforme mostra o instituto, 60% dos parlamentares dizem que votarão a favor do afastamento da petista — ou seja, 308 votos, 34 a menos dos 342 necessários para a continuidade do processo. Entre os que apoiam Dilma, 21% dos deputados declararam voto contrário ao impeachment — o número corresponde a 108 parlamentares.
O desfecho do processo será definido pelos 18% dos deputados que estão indecisos ou não declararam posição. Chamam atenção as posições do recém-afastado da base PMDB, com 59% de apoio ao impeachment e 38% indefinidos, e o PP — alvo dos mais recentes esforços do governo em troca de apoio — teria 57% pró impeachment e 30% de indecisos, o que contraria em tese o número de apoiadores dado pelo presidente da sigla, Ciro Nogueira.
Foi o terceiro levantamento sobre o assunto feito pelo Datafolha entre os parlamentares, e mostra um aumento na taxa favorável ao afastamento presidencial: em dezembro, eram 42%, hoje são 60%. Do lado dos contrários, houve retração de 31% para 21%, enquanto os indecisos minguaram de 27% para 18%.
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Para que Dilma seja efetivamente afastada, é preciso que, após aprovação de 2/3 da Câmara, metade dos senadores aprovem. Desta forma, o Datafolha perguntou aos senadores como votariam. A resposta de 55% desses parlamentares foi favorável ao impeachment, enquanto 24% se posicionaram de maneira contrária. A renúncia da petista como alternativa ao processo também é defendida por 55% dos deputados e 48% dos senadores.
A pesquisa também mostrou problemas para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre os deputados, 61% disseram defender sua renúncia, ao passo que 23% preferem que ele permaneça no cargo.
O Datafolha contactou todos os 513 deputados e 81 senadores que compõem o Congresso Nacional por telefone, mas conseguiu que 359 (291 deputados e 68 senadores) participassem da pesquisa, mesmo com garantia de anonimato das respostas.
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