5 fatores tornam a próxima semana imprevisível na Bolsa; China e IPCA no radar

Entre os eventos que devem ser ficar no centro dos noticiários, a crise na Argentina e os conflitos em Gaza e na Ucrânia podem agitar o mercado

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados ganhou força e terminou esta semana como grande destaque na Bovespa, enquanto dados da China também ajudaram a ditar o humor dos investidores. Para a próxima semana, porém, fatores que não estão na agenda de indicadores devem ser os que mais irão chamar atenção. “Esta será uma semana imprevisível”, afirma o economista da Austin Rating, Alex Agostini.

Isso porque, apesar de importantes dados estarem programados para serem apresentados nos próximos dias, cinco fatores podem agitar o mercado: o desenrolar da crise econômica na Argentina, os problemas do Banco Espírito Santo em Portugal, além das eleições e dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Todos podem tomar o centro dos noticiários e agitar os mercados pelo mundo, mas são difíceis de antecipar.

“Não há como prever o que vai acontecer, mas cada nova notícia pode empolgar os investidores ou mesmo afundar os mercados”, destaca o economista. “Por enquanto esta é uma semana tranquila, mas que pode ficar muito agitada, não há como prever”, completa. O caso da Argentina é um dos que mais pode impactar o Brasil, já que o calote do país deve piorar a situação econômica dos “hermanos”, que podem precisar reduzir as importações do Brasil, refletindo na balança comercial.

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O impacto ainda não deve ser sentido, mas os próximos dias serão cruciais para acordos entre Brasil e Argentina e ações de logística, exportadoras ou mesmo automobilísticas – dado o acordo entre os dois países no setor – podem ter grandes reflexos. “Além desses casos, o momento dos EUA, com possíveis sinalizações de alta de juros e término dos estímulos acaba deixando o mercado mais sensível ao país”, destaca Agostini.

Temporada de resultados
No Brasil, o maior foco deve ficar com a temporada de resultados, que terá mais de 30 empresas divulgando os balanço do segundo trimestre. O grande destaque ficará com a Petrobras (PETR3PETR4), na sexta-feira (8). Apesa do resultado sair apenas no final da semana, os investidores devem tentar antecipar o balanço e o papel pode ter grande volatilidade durante os próximos dias.

Além da estatal, destaque para o Itaú Unibanco (ITUB4), Eletropaulo (ELPL4) e Estácio (ESTC3), BM&FBovespa (BVMF3), Oi (OIBR4) e Gafisa (GFSA3), além da CSN (CSNA3), que irá inaugurar a semana.

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China e IPCA na agenda
A semana também marca a divulgação dos PMI da indústria e serviço de diversos países. Mas a China deve roubar a atenção com os dados da balança comercial do mês, com os números de importação e exportação. Empresas como a Vale devem ficar atentas aos indicadores, já que um mercado mais forte ou mais fraco na China pode impactar diretamente as exportações destas empresas.

Enquanto isso, no Brasil o destaque da agenda fica com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial de inflação do País. “Não acredito que o IPCA terá grande impacto no mercado. Todos já esperam um resultado alto, neste momento o que está importando mais são as projeções”, afirma Agostini.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.