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SÃO PAULO – Em newsletter semanal sobre América Latina, o correspondente do jornal no Brasil, Joe Leahy, destacou que 2016 é o “ano de se viver perigosamente” no País.
O FT destaca que, nos meses que antecederam o impeachment da agora ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, parecia que a esquerda tinha deixado o campo de batalha.
“Houve alguns protestos por parte dos sindicatos que compõem a base de apoio do PT, mas nada muito espirituoso. No entanto, após a sua saída na semana passada, o ritmo dos protestos de repente se acelerou”, afirma Leahy. Os “manifestantes mascarados”, ou “black blocks”, reapareceram e entraram em confronto com a Polícia, remetendo ao início das manifestações em 2013, “que marcou o início do fim para Dilma”, afirma ele.
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Por outro lado, diz o FT, o substituto Michel Temer vem tentando minimizar a controversa votação do impeachment, que resultou no fatiamento da votação e levou à cassação de Dilma, mas manteve os direitos políticos da petista.
“A esquerda aponta que a decisão dividida mostra falta de convicção do Senado, o que provaria que o impeachment foi uma farsa montada por políticos corruptos para conquistar o poder”, ressalta Leahy. Ele aponta, por outro lado, que Temer e seus aliados indicam que a votação fatiada foi um detalhe peculiar, que não mudaria o resultado.
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