15 partidos negociam formação de blocão para isolar PSL e PT do comando da Câmara

Juntas, siglas somam 314 deputados, o equivalente a 60% dos assentos em plenário

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Lideranças de diversos partidos na Câmara dos Deputados estão negociando a formação de um bloco para distribuir cargos de comando da casa na próxima legislatura, deixando de fora dos principais postos o PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PSL, do presidente eleito Jair Bolsonaro. As duas siglas formaram as maiores bancadas, com, respectivamente, 56 e 52 deputados eleitos.

Conforme noticia o jornal Folha de S.Paulo, estão envolvidos no processo de negociação os seguintes partidos: PP, PR, PSD, MDB, DEM, PSB, PDT, PCdoB, PSDB, Solidariedade, PPS, PV, PSC, PHS e PTB. Segundo a reportagem, a ideia é evitar que o futuro governo assuma com força expressiva na Câmara ou que o contestado PT reconquiste tamanho protagonismo.

Pela tradição da Câmara, há uma proporcionalidade na distribuição dos cargos da Mesa Diretora e o tamanho das bancadas partidárias. Sendo assim, PT e PSL naturalmente teriam acesso a postos de comando e o controle de algumas das principais comissões permanentes da casa. Para evitar essa confirmação, esse grupo de partidos, apesar de claras divergências, discute a articulação de um bloco formal com 314 deputados, o equivalente a 60% dos assentos em plenário.

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Vale destacar, contudo, que a ocupação de cargos na Mesa Diretora se dá por eleição secreta, o que não garante sucesso à estratégia em construção. Mas é possível firmar um acordo de apoio mútuo para o preenchimento desejado dos postos-chave na casa legislativa. O principal deles seria o de presidente da Câmara, segundo na linha sucessória do comando do Executivo.

Lideranças envolvidas nas negociações, porém, dizem que, antes de se definir um candidato à presidência da casa, é preciso consolidar o bloco. No momento, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual ocupante do posto, é apontado como favorito por boa parte dos parlamentares.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.