1 em cada 3 eleitores acredita que Bolsonaro seria o pior presidente para o Brasil

Quanto maior o percentual de indicações como "pior presidente", mais elevadas são os riscos de o candidato ser negativamente afetado pelo chamado "voto útil"

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Apesar de liderar a corrida presidencial a menos de dois meses do primeiro turno, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) é o candidato sobre o qual recai o maior nível de desconfiança do eleitorado em relação a um possível futuro governo. Segundo pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 27 e 29 de agosto, 29% dos eleitores acreditam que o parlamentar seria o pior presidente para o Brasil. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-07252/2018 e tem margem de erro máxima de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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O segundo colocado neste ranking é o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), atual vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e principal nome cotado para herdar o comando da candidatura petista ao Planalto. Haddad é apontado como o pior nome por 23%. Atrás dele vêm a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 9% de indicações, e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 6%.

O gráfico abaixo apresenta detalhes:

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Distribuindo os apontamentos de acordo com as intenções de voto dos eleitores, nota-se que Bolsonaro é o nome mais indicado como o pior presidente para o País entre os apoiadores de Haddad, Marina, Ciro, João Amoêdo (Novo) e os indecisos. Curioso notar que 5% dos eleitores do próprio deputado compartilham desta avaliação.

Já Haddad tem forte rejeição entre eleitores de Bolsonaro, Álvaro Dias e Alckmin. Esta pergunta ajuda a indicar caminhos de um possível “voto útil” no primeiro turno e um efeito de veto a um candidato em eventual disputa de segundo turno. Quanto maior o percentual de indicações como “pior presidente”, mais elevadas são os riscos de o candidato ser negativamente afetado pelo “voto útil”.

Os detalhes estão no gráfico a seguir:

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.