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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR4) convocou uma coletiva de imprensa para esta quarta-feira (17) para falar sobre os preços dos combustíveis. O evento estava inicialmente marcado para 18h, mas foi reagendado para 19h. Há uma expectativa de que possa ser anunciado um reajuste dos valores e também uma revisão da metodologia do cálculo.
Após anunciar um aumento de 5,7% no preço do diesel na tarde de quinta-feira, a estatal voltou atrás no mesmo dia após o presidente Jair Bolsonaro ligar para o CEO da petrolífera, Roberto Castello Branco, e pedir a suspensão do reajuste. Na sexta, as ações da companhia desabaram 8%, levando a empresa a perder R$ 32,4 bilhões de valor de mercado.
Já na última terça, ocorreu uma reunião entre Bolsonaro, ministros e o presidente da Petrobras. Após o encontro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que o presidente pensou na dimensão política do reajuste quando ligou para o chefe da estatal.
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“O presidente tem preocupação maior do que só a preocupação do mercado. É natural que eu como ministro da Economia esteja preocupado com o mercado”, disse Guedes a jornalistas. O ministro ainda afirmou que Bolsonaro “deixou claro que está fora de qualquer propósito manipulação de preço, congelar, segurar”.
“Petrobras que decide reajuste, não é ministro da Economia ou presidente da República. Petrobras é realmente independente para estabelecer o preço de petróleo”, disse Guedes.
Além disso, o ministro afirmou que estão em estudo várias alternativas para dar mais transparência à política de reajuste de combustíveis da Petrobras, entre elas indexar o preço do frete ao valor do diesel.
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Ele citou que essa é a política utilizada nos Estados Unidos e disse que foram feitas “interrogações” à Petrobras durante a reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
“Tudo tem que ser estudado para o futuro, o presidente da Petrobras já estava estudando. Esse episódio precipita a aceleração de estudos”, ressaltou Guedes. “O próprio presidente da Petrobras está recalculando quais seriam as melhores praticas”.
Um dos questionamentos feitos por Guedes foi por que a Petrobras não utiliza uma média móvel de um determinado período, em vez de reajustes a cada 15 dias. Mais cedo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que a indexação era uma das alternativas, mas a assessoria da pasta afirmou que isso não estava sendo estudado “no momento”.
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