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No mês delas, mulheres contam os desafios para se destacar no mercado financeiro

MoneyLab conversou com três profissionais que compartilharam obstáculos semelhantes para conquistar seus espaços

MoneyLab

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O mundo da economia, e mais especificamente o das finanças, sempre foi muito masculino. A teoria de que era preciso sangue frio, objetividade e uma imagem de credibilidade que só os homens poderiam sustentar justificou por muito tempo a pouca participação das mulheres no mercado financeiro, principalmente em posições de destaque.

Esta realidade vem mudando na última década, com mais profissionais mulheres e, também investidoras atuando no mercado financeiro. O desbravamento deste território tão masculino ainda está em curso. Mulheres com idades e trajetórias distintas relatam dificuldades semelhantes, mas se mostram otimistas com as conquistas já alcançadas.

A trajetória de Rosana Justo, com 30 anos de experiência em um grande banco e que no ano passado decidiu partir para voo solo e abrir uma filial do escritório de investimentos CMS Invest, é um bom exemplo dos desafios típicos das mulheres.

Em vários momentos atuando no banco, Rosana precisou dar um passo atrás na carreira para que pudesse equilibrar sua vida pessoal e familiar, o que até hoje não é comum em profissionais do sexo masculino.

Quando o marido precisou se mudar para a Turquia, Rosana com o apoio de sua chefe pediu uma licença não remunerada para acompanhá-lo com a filha pequena.

“Isto só foi possível porque tinha uma chefe mulher que entendeu minha demanda e me apoiou. Mas ao retornar, seis meses depois, tive que retomar minha carreira”, lembra Rosana sem arrependimentos.

Na volta ao banco, com apenas 37 anos, veio outro obstáculo, a idade. Ela tentou se candidatar ao cargo de gerente regional, mas foi barrada por estar acima da idade. Rosana engravidou novamente, saiu de licença maternidade e ao voltar “precisou recomeçar mais uma vez”.

Ela lembra que a supervisora recomendou que mudasse de área para outra com mais profissionais sêniores porque onde estava dificilmente seria promovida.

“Aceitei e foi ótimo. Este apoio que tive nas duas situações só veio porque tive chefes sensíveis a isto. Nem todas tem a mesma possibilidade.” Naquele momento, a barreira por idade havia sido retirada pelo banco e Rosana já com dois filhos chegou ao posto de gerente regional.

Foi esta a trajetória de recomeços na profissão que levou Rosana, no final do ano passado, a deixar os 30 anos no banco, e com Andreia Mota abrir uma filial do CMS Invest, um dos primeiros escritórios independentes filiado à XP. A CMS Invest foi uma das pioneiras neste novo modelo de investimentos que transformou a forma do brasileiro investir.

“Hoje já somos sete mulheres no escritório e vamos chegar a 20 profissionais com o propósito de diversidade”, explica.

“Sem cair em generalizações, o que vejo é mulheres com um olhar, uma delicadeza para perceber como o cliente está naquele dia, seu momento, e adaptar a abordagem. Tem uma riqueza de destaques que percebemos.”

A executiva acrescenta que também vê a necessidade de mudança no comportamento das mulheres quando investem seu dinheiro.

“Por muito tempo as mulheres deixavam que o pai, marido ou um amigo decidissem onde investir. As vezes até ganhavam mais que eles, porém a decisão de investimento não era dela. Isto está mudando e cabe a nós ajudar na educação financeira para que como investidoras também tenhamos papel ativo.”

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Desafios semelhantes

O ponto de partida das sócias de outro escritório, a Vênus Invest, foi bem diferente, mas a necessidade de equilibrar vida pessoal e profissional, os olhares de desconfiança do entorno foram os mesmos.

Carolina Fernandes atuou por 10 anos em um escritório de advocacia e por um tempo dividiu a função com os negócios da família, em siderurgia e administração de imóveis. Ao engravidar, decidiu deixar o escritório.

“Eu era associada e o escritório dava dois meses no máximo de licença maternidade e um de férias. Sem falar no olhar de questionamento comum nestes ambientes quando uma mulher engravida, tanto que muitas não voltavam após ser mães”, lembra Carolina, acrescentando que ao se dedicar aos negócios da família foi possível se dedicar mais à filha. “Minha dedicação ou quantidade de horas trabalhadas era a mesma, e a flexibilidade me permitia participar da rotina da criança.”

Sua sócia e irmã, Maria Beatriz Fernandes, 14 anos mais jovem, tem outra trajetória. Foi estudar finanças no exterior e ao voltar propôs que cuidasse dos investimentos líquidos da família.

“Sempre vi a forma como nosso pai tinha segurança ao tocar os negócios da família, mas a gestão da liquidez sempre foi terceirizada. Vi ali a oportunidade para trabalhar com ele”, explica Maria Beatriz lembrando que quando entrou no mercado financeiro, muito nova, tinha “um pouco de inocência”.

“Eu achava que não haveria machismo, até pela geração a qual pertenço. Mas existe sim. Nos programas de estágio eu era a única mulher e tinha que falar mais alto para ser ouvida. Mas quando você mostra que é capaz dá resultado.”

Já atuando com a irmã Carolina nas empresas da família, após um processo de planejamento sucessório e tributário e que incluiu avaliação de estruturas de investimento offshore, elas viram oportunidade de um novo negócio, como agentes autônomas.

“Muitas vezes quando questionamos a atuação dos bancos, percebemos que não nos tratavam com a seriedade devida, deixando de transmitir informações que eram relevantes para nós. A falta de transparência foi um dos motivos que nos impulsionou a decidir por um pé no mercado financeiro para mudar isto. Então, convidei a Maria Beatriz para montarmos o escritório”, comenta Carolina, lembrando que nas reuniões para negociar com as casas eram mesas basicamente compostas de homens. “É difícil, mas também uma oportunidade exatamente por ser mulher, pela nossa abordagem particular.”

Hoje, Carolina que tem duas filhas de 7 e 4 anos, se dedica a Vênus Invest onde, além de fazer a gestão de patrimônio, busca novas oportunidades de investimento com olhar especialmente atento para aqueles que tenham retorno financeiro e impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. .

O modelo de atuação que as irmãs estão implantando na Vênus Invest tem um pouco da experiência de quem enfrentou um atendimento que deixou a desejar.

“Quando começamos a tocar de perto os negócios percebemos que os bancões muitas vezes desconsideram a vontade do cliente. Respeitar o patrimônio das famílias que foi construído ao longo de uma vida é essencial. Por isso, decidimos

compartilhar nossa experiência, oferecendo transparência e uma visão holística do patrimônio para outras pessoas”, explica Maria Beatriz.

Carolina concorda e acrescenta: “Com base na nossa experiência pessoal pretendemos conhecer a história das pessoas, sua realidade e para entender o que estão buscando e oferecer as melhores soluções. É assim que fazemos nas nossas empresas. Não somos do mercado, não somos banqueiros, por isso temos uma maneira diferente deles de fazer negócio. Queremos ser remunerados de forma justa e respeitando a cultura do cliente.”

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