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Gerenciando riscos de mercado por meio de derivativos

Um dos principais motivos de sucesso – e porque não do fracasso - empresarial sempre esteve na boa capacidade de identificar e gerenciar os riscos nos negócios

Rodrigo Moreira

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Nota do Autor: Esse artigo foi escrito antes da escalada da crise do coronavírus e dos impactos das medidas políticas e econômicas ocorridas na sequência, com destaque para o preço do petróleo. Apesar de não ser o foco do artigo, momentos de altíssima volatilidade como os vivenciados nos últimos dias apenas reforçam a necessidade de uma boa política de hedge ou gestão de riscos de mercado. Em minha carreira, sempre foi motivo de muita frustração ver excelentes negócios serem abruptamente impactados por fatores externos que poderiam ter sido mitigados através de práticas de gerenciamento de riscos.

Em meus quase 20 anos de experiência junto a empresas médias dos mais diferentes segmentos, posso dizer que um dos principais motivos de sucesso – e porque não do fracasso – empresarial sempre esteve na boa capacidade de identificar e gerenciar os riscos nos negócios.

Parece ser uma afirmativa óbvia, especialmente quando restrita a riscos operacionais ligados a fraudes, riscos regulatórios e fiscais e riscos ligados a tomadas de decisão estratégicas (associados a conflitos de agenda, principalmente).

Mas há um outro conjunto de riscos, muitas vezes subestimados, que quero abordar neste artigo, e que está mais ligado ao lado financeiro da gestão. Não raro, vi os riscos de mercado causarem transtornos irreversíveis às companhias.

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De olho nos riscos cambiais e de juros

Sendo mais específico e por sua simplicidade no tratamento, vou me ater aos riscos cambiais e de preços de juros e commodities.

As empresas em sua operação têm três grandes conjuntos de atividades que costumam embutir os riscos acima mencionados: financiamentos, produtivas e comerciais.

Adicione às três atividades a variável temporal, que é fundamental para a compreensão dos riscos envolvidos. O descasamento temporal é a mais importante causa de risco observada desde os primórdios da atividade econômica, pois implicitamente embute as diferenças de preço de mercado inerentes a este descasamento.

Os instrumentos de derivativos convencionais (futuros, termos e opções) costumam ser mais do que suficientes – se bem estruturados e customizados – para as necessidades de cada empresa para mitigar (esterilizar, muitas vezes) os riscos de mercado ligados à variação de preços de moeda, commodities ou juros.

Os financeiros das empresas médias, por hábito e com alguma frequência, consideram o custo do hedge como parte da margem da operação. Assumem uma posição comprada ou vendida. Não raro, desvirtuam a atividade core da empresa.

Com isso, geram imprevisibilidade no resultado e mascaram ineficiências operacionais e comerciais do negócio.

Separando fatores de risco

Por boa prática, os fatores de risco do negócio precisam ser segregados, como se estivessem em tanques separados. São “líquidos” que não deveriam se misturar.

Há uma falácia do hedge natural em empresas importadoras ou exportadoras.

Lamento informar, mas hedge natural precisa de volume, tempo (duration) e ciclos de caixa muito razoavelmente compatíveis. Fora isso, é quase uma ilusão.

Pode ter dado certo a vida toda. Até o dia que o mercado mostre o contrário.

Fazer um hedge simples sem nenhuma ação mirabolante, posso garantir, é o melhor remédio. Ele pode espremer sua “pseudo-margem”, mas vai te desafiar a fazer margem onde realmente interessa, que é em sua operação.

Estamos iniciando uma jornada aqui na XP para prover uma solução mais inteligente de hedge para nossos clientes.

Por isso, queremos entender suas reais necessidades. Se quiserem fugir do convencional no mercado, contem conosco.

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Rodrigo Moreira

Sócio da Xp Inc., Mestre em Economia, Bacharel em Engenharia e head da XP Empresas. Possui 20 anos de experiência dedicados ao atendimento de empresas de grande e médio porte. Com passagens por Itau BBA, Unibanco, Pactual e Bozano, Simonsen.