Buscar uma renda adicional no futuro é um dos principais motivos que levam muitos brasileiros a considerar um plano de previdência privada.
Os planos de previdência atrelados a fundos de investimento de renda fixa, em particular, se destacam por oferecer maior previsibilidade e menor volatilidade, sendo especialmente indicados para clientes com perfil conservador ou aqueles que estão próximos da aposentadoria.
Antes de tomar essa decisão, porém, é fundamental entender as características do produto e avaliar se ele se alinha ao seu planejamento financeiro de longo prazo.
O que é a Estratégia de Renda Fixa na Previdência Privada?
São planos de previdência privada atrelados a fundos de renda fixa, que aplicam a maior parte de seus recursos em títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs e debêntures.
O objetivo é acompanhar indicadores como Selic, CDI ou IPCA, que geralmente apresentam menor volatilidade em comparação aos planos que incluem renda variável na carteira.
É importante ressaltar que “renda fixa” não implica em renda garantida, sempre há riscos de mercado e de crédito, embora sejam considerados menores do que os associados a investimentos em ações.
Razões para investir
- Previsibilidade de Longo Prazo
Os planos de previdência privada, ao estarem atrelados a um fundo com uma alocação majoritária em títulos de renda fixa, tendem a gerar menor volatilidade em relação à renda variável, embora não haja garantia de retorno.
Ao contratar esse tipo de plano, o investidor pode optar entre PGBL (indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e deseja deduzir até 12% da renda bruta anual) e VGBL (mais adequado para quem faz a declaração simplificada ou deseja investir mais de 12% da renda bruta).
Essa flexibilidade permite um planejamento de longo prazo mais alinhado às necessidades tributárias de cada investidor.
Saiba mais: Entenda as diferenças entre PGBL e VGBL
- Perfil Conservador Atendido
Por estarem atrelados em fundos que investem predominantemente em renda fixa, esses planos são adequados para quem prioriza estabilidade e menor risco. Contudo, os investidores devem estar cientes das oscilações e dos riscos de crédito, avaliando o regulamento do fundo ao qual o plano está atrelado e sua própria tolerância ao risco antes de escolher entre PGBL ou VGBL.
Além disso, a escolha do regime de tributação (progressivo ou regressivo) deve considerar a expectativa de prazo de investimento e eventuais necessidades de liquidez. Atualmente, a escolha do regime de tributação pode ser feita no momento do primeiro resgate – permitindo a opção pelo modelo mais adequado às necessidades atuais do investidor.
- Disciplina de Aportes
Contribuir de forma recorrente é um dos principais diferenciais da previdência privada. Essa prática estimula o hábito de poupar e investir regularmente, potencializando a construção de patrimônio ao longo do tempo.
O investidor pode ajustar o valor e a periodicidade das contribuições conforme seus objetivos e fluxo de caixa. Para aqueles que declaram o Imposto de Renda no modelo completo e optam pelo PGBL, é possível usufruir da dedução de até 12% da renda bruta anual, sendo essencial analisar como isso se encaixa no planejamento financeiro.
- Benefícios Sucessórios
Os valores aplicados em previdência privada não passam pelo inventário, podendo ser direcionados diretamente aos beneficiários indicados no contrato. Esse processo tende a ser mais ágil e pode reduzir custos associados a heranças.
É importante, no entanto, manter a designação de beneficiários atualizada e observar as regras específicas de cada plano (PGBL ou VGBL), que devem estar claramente descritas no regulamento e no material técnico do produto.
- Diferencial Tributário
Uma das vantagens dos planos de previdência privada é que a tributação ocorre apenas no momento do resgate ou da cobrança do benefício. Durante o período de acumulação, o imposto não é cobrado, permitindo que o patrimônio cresça de forma mais ampla.
É fundamental, no entanto, entender se você se enquadra melhor no regime progressivo (com alíquotas de até 27,5% ajustadas pela tabela do IR) ou no regime regressivo (com alíquotas que partem de 35% e podem chegar a 10% após 10 anos de aplicação).
A previdência tem outros diferenciais tributários como a não cobrança do ITCMD em caso de sinistro, não cobrança de come-cotas nos fundos previdenciários de qualquer classe e a possibilidade de transitar entre fundos sem pagar IR.
- Opção de Regimes Tributários
Ao aderir a um plano de previdência, o investidor pode escolher entre a tabela progressiva ou regressiva. A primeira segue a lógica das faixas do Imposto de Renda para pessoa física e pode exigir ajustes na declaração anual. Já a segunda oferece uma redução gradativa da alíquota ao longo do tempo, podendo chegar a 10% para quem mantém os recursos aplicados por mais de 10 anos.
Aqueles que planejam deixar o dinheiro investido por um prazo mais longo podem se beneficiar do regime regressivo, enquanto quem tem dúvidas sobre a duração do investimento pode preferir a tabela progressiva.
- Complemento ao INSS
A previdência privada é uma ferramenta eficaz para formar uma renda adicional que pode complementar o benefício do INSS na aposentadoria, ajudando a manter o padrão de vida.
Seja na modalidade PGBL, para quem contribui ao INSS e faz declaração completa, ou no VGBL, para quem tem declaração simplificada ou investe mais de 12% de sua renda, o foco é acumular recursos de forma estratégica.
É importante lembrar, porém, que nenhum plano oferece garantia absoluta de retorno; por isso, é recomendável acompanhar a evolução dos investimentos e consultar, sempre que necessário, os documentos do fundo ao qual ele está atrelado e profissionais especializados para garantir que o produto continue adequado aos seus objetivos.
Investimento de longo prazo
Em relatório da XP sobre previdência privada, a analista de fundos Clara Sodré e o head de alocação Rodrigo Sgavioli destacam que o investidor, quando começa a compreender a importância de se ter uma carteira bem diversificada, busca a melhor combinação entre as diferentes classes de ativos, seja renda fixa pré, pós e inflação, multimercado, ações ou alternativos.
No entanto, muitas vezes, um fator acaba sendo desconsiderado ou esquecido pelos investidores: o uso de produtos de previdência como um importante instrumento no processo alocação. Segundo Clara Sodré e Rodrigo Sgavioli, é comum que os investidores façam uma ligação direta entre previdência e aposentadoria.
“Não que isso seja um problema, pelo contrário. É sim, uma excelente ferramenta para planejamento da aposentadoria, entretanto, o investidor precisa entender que esse não é um veículo exclusivo para esse fim: os produtos de previdência são, no geral, excelentes instrumentos para toda e qualquer alocação de longo prazo que busca eficiência tributária, entre outras vantagens.”
Guia da previdência privada: por que fazer um plano e como escolher o seu
Confira opções de Fundos de Previdência com Estratégia de Renda Fixa
XP Horizonte XP Seg FIC FIRF Prev RL
Com aplicação mínima inicial de R$ 100 e movimentação/contribuição mensal mínima de R$ 100, é um fundo de renda fixa em funcionamento desde 27/12/2018. O fundo conta com um patrimônio líquido de R$ 1,253 bilhão e tem uma taxa de administração máxima de 0,70% e taxa de carregamento de 0%.
SAIBA MAIS E INVISTA NO XP HORIZONTE
Kinea Prev XP Seg IPCA Dinâmico FICFI RF
Possui aplicação inicial mínima e contribuição/movimentação mensal mínima de R$ 100. O fundo está ativo desde 3/12/2020 e conta com um patrimônio líquido de R$ 1,691 bilhão. Tem taxa de administração e taxa máxima de administração de 1,00% e taxa de carregamento 0%.
SAIBA MAIS E INVISTA NO KINEA PREV
AZ Quest Luce Advisory Icatu Prev FIC FIRF CP LP
A aplicação inicial mínima é de R$ 500 e a contribuição/movimentação mensal mínima de R$ 100. O fundo está em funcionamento desde 12/4/2018 e conta com um patrimônio de R$ 518,7 milhões. A taxa de administração e taxa máxima de administração são de 1,00%, com taxa de carregamento de 0%.
SAIBA MAIS E INVISTA NO AZ QUEST PREV
XP Liquidez 50 XP Seg Prev FIRF RL
O fundo de previdência privada de renda fixa tem uma aplicação mínima inicial de R$ 500 e contribuição/movimentação mensal mínima de R$ 100. Conta com uma taxa de administração de 0,35% e máxima de 0,55%, com taxa de carregamento 0%.
SAIBA MAIS E INVISTA NO XP LÍQUIDEZ 50
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