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De viagem para Austrália a chacoalhão providencial; como Pam Semezzato virou uma trader com mais de 100 mil seguidores

Analista da Clear, marca da XP Inc., e com um canal no Youtube, Pam conta sua trajetória e revela dicas para quem busca operar de forma profissional

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Pam Samezzato passou por momentos de altos e baixos, que serviram de aprendizados implementados nas suas estratégias de trader e que são repassados para sua audiência no Youtube

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O sonho de ganhar dinheiro operando na bolsa de valores pode se tornar um pesadelo para muitos investidores. A ideia de que é uma “aposta” ou que basta intuição e persistência joga contra os investidores que “se aventuram” – outro conceito equivocado – na renda variável.

O pacote de atributos que pode fazer um day trader ganhar dinheiro inclui: conhecimento técnico, estudo contínuo, domínio das ferramentas, tempo de tela e conhecimento do próprio perfil, evitando vieses muitas vezes inconscientes que reforçam perdas ou limitam ganhos.

É este conjunto de atributos que explica a trajetória de sucesso de Pamela Semezzato, hoje analista da Clear Corretora, marca da XP Inc., que se tornou uma day trader profissional após um período como swing trader, uma viagem internacional que colaborou com sua estratégia, e a migração para operações day trade – com erros e acertos normais que marcam a trajetória de qualquer investidor.

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Hoje, a “Pam Semezzato”, como é conhecida, tem um canal no YouTube com mais de 100 mil seguidores e atua como analista da Clear, com transmissões ao vivo em que fornece recomendações de mini índices e mini dólar.

“Sempre gostei do mercado financeiro, de ler telas e mesmo antes da viagem já fazia operações de swing trade, com pouco dinheiro. Mas estava insatisfeita com meu trabalho e decidi estudar inglês no exterior por um ano”, lembra Pam, se referindo ao período na Austrália que deveria ser de um ano, mas que durou três – entre 2014 e 2017.

Trabalhou como “detalier”, limpando e lavando carros alugados, buscando veículos para clientes e depois na parte administrativa da locadora, no escritório: “Aprendi a me virar, a viver sem renda fixa, porque nem sempre tinha trabalho, o que me ajudou no day trade, que também tem uma instabilidade”, lembra Pam.

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A viagem foi importante para que juntasse dinheiro suficiente para, na volta, dar os primeiros passos como day trader com alguma segurança: “Operar com a faca no pescoço, precisando se sustentar com ganhos no mercado não é uma boa escolha. O ideal é começar devagar, ir aprendendo e ter uma reserva que dê tranquilidade no primeiro ano”, sugere a analista.

Ao retornar ao Brasil, decidiu enfrentar o desafio de se tornar day trader e começou um período de estudos: “O conhecimento que tinha de swing trade não era útil, eu não sabia o que era minicontratos, mercado futuro e como se dava o funcionamento por pontos. Tem que estudar muito e, desde o começo, ir operando para pôr em prática os conhecimentos, mas com o risco controlado, sem muita alavancagem para evitar grandes perdas”, comenta Pam, que mesmo com conhecimento continuava perdendo.

O ponto de virada ocorreu com uma mentoria particular com um analista que ela já acompanhava e que a ajudou a conhecer seu perfil como investidora.

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“Conhecimento técnico e operacional é muito importante. Eu sabia tudo de técnica, tinha na mente todos os padrões candles possíveis. Mas, na hora de apertar o botão, errava no timing e perdia.”

Pam se refere aos gráficos candlestick – um dos tipos mais usados na análise técnica em operações de day trade e swing trade, com indicações de preço de abertura e fechamento em um determinado período, assim como a sua movimentação do ativo.

Mudança de parâmetro

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Uma das dicas da mentoria, ou de “pequenos chacoalhões”, que ajudaram a analista a sair do vermelho, era relacionada ao seu perfil, que é o de “seguidora de tendências”.

Como o mercado normalmente tem um ou dois dias na semana com tendência clara, sendo o restante mais lateral, a investidora ao trabalhar com metas diárias, ficava tentando atingi-las todos os dias e operando no vermelho: “Meu mentor sugeriu que eu passasse a ter meta semanal. Com isto, não ficava me forçando a operar o que não gosto, apenas para bater metas diárias. Isto foi um salto enorme no meu desempenho.”

Entre a volta ao Brasil, em fevereiro de 2017, e o ponto de virada em setembro do mesmo ano, foram sete meses perdendo, um tempo curto para os padrões.

“É importante destacar que eu já tinha conhecimento de gráficos e uma familiaridade anterior com o mercado. No geral, quem começa com o day trade leva mais tempo para começar a ganhar.”

Post-it e disciplina

Outro ponto importante e que se relaciona com o perfil do investidor, é a disciplina com as metas e os pontos operacionais pré-definidos. Pam, que sempre foi muito disciplinada, destaca que durante suas recomendações percebe muitos operadores com dificuldade em seguir o planejado.

“Sem disciplina fica muito difícil. O trader consome tempo definindo seus limites operacionais e não os segue. Quem não tem este perfil de disciplina, como eu, precisa achar formas de adquirir porque é indispensável”, comenta Pam, citando que pode ser um post-it colocado na frente da tela lembrando da disciplina, que ele precisa parar quando o psicológico não está bom e dar uma volta ou ler algo: “Tem que achar uma forma que lembre sobre o planejado e estratégia para seguir aderente.”

As primeiras operações da Pam no mercado foram com minicontratos de índices e depois passou a incluir também mini dólar. No início, lembra a analista, é mais fácil focar em apenas um ativo, pois, caso foque em vários, há a possibilidade de se dispersar olhando coisas diferentes.

“Com o tempo fica mais fácil operar diferentes ativos.” Hoje, atuando como analista da Clear, marca da XP Inc., com recomendações diárias e ao vivo de mini índice e dólar, Pamela tem o Certificado Nacional do Profissional de Investimento (CNPI) e não pode operar diretamente na bolsa, como day trader.

Os desafios, contudo, seguem os mesmos: “Tem dias bons e outros ruins, e isso inclui aspectos pessoais que afetam o psicológico em determinados momentos. O importante é não desistir e entender que oscilações ocorrem”, comenta Pamela, acrescentando: “Temos períodos ruins, mas, um ou dois dias bons podem salvar o mês todo e, por isto, persistir com técnica, conhecimento adequado e controle operacional tende a dar resultado.”

Limite de alavancagem

Sobre sua trajetória, que foi do swing trade para o day trade até se tornar analista e influencer da Clear, Pamela afirma que a diversificação como investidora tende a ser natural também.

“Mesmo quem é day trader e ganha dinheiro, em determinado momento, passa a fazer swing trader ou investir em outros ativos ou atividades. Nas operações intraday, tem uma hora que o investidor ganha um determinado volume de dinheiro e que não dá para seguir alavancando. Chega em um limite. Por isto, diversificar é essencial.”

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