Saiba quando importar é vantagem para as empresas

Especialista afirma que quanto maior a compra, melhor serão as condições de ganhar mercado

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A importação traz muitas vantagens: você compra direto da fábrica, tem acesso aos melhores custos, não fica dependente do estoque e condições dos atacadistas ou distribuidores. Além disto, pode vender como sua marca própria.

É notório que este processo envolve muitos custos fixos, então quanto maior o volume, mais barato será o custo final do produto. Por exemplo, um custo fixo de 2 mil reais em uma importação de 10 mil representa 20%, mas este mesmo custo fixo sobre uma importação de 100 mil significará apenas 2%.

Mas, apesar de não existir valor mínimo de importação, é o mercado quem vai dizer se a importação é viável ou não. Tudo vai depender do preço final estimado comparado com o preço praticado. “Temos a capacidade técnica de produzir uma planilha estimativa final de custo. Ela vai nos dizer quanto cada item custará depois de importado e levado até sua empresa. Na verdade, é impossível prever um preço final exato em virtude do valor flutuante do dólar e de outras taxas, podendo variar para mais ou para menos”, explica Tomaz Carvalho, diretor da Interbrax, empresa especializada em gerenciamento de importações e desenvolvimento de produtos na China.

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A partir de uma importação no valor de U$15 mil, já se começa a ter uma boa vantagem de preços com relação ao mercado nacional. “Tudo depende da classificação fiscal do produto, mas falando de forma genérica, um investimento de U$15 mil em produtos gerará um investimento total final de aproximadamente R$95 mil. Porém, quanto maior o valor da sua importação, menor será o custo final dela”, revela Tomaz.

Toda empresa é capaz de importar, mas quanto maior a compra, melhor serão suas condições de ganhar mercado. Se o importador ainda conciliar os preços com um serviço de qualidade, não há limites para se tornar o número um em seu setor no Brasil.

Denis Bentizogio, direto da Nobel do Brasil, trouxe da China com a ajuda da Interbax hidróxido de cálcio, equipamento fabril de grande porte e uma compactadora de pastilha. “A consultoria foi fundamental em todo esse processo porque o preço final fica muito mais acessível. Dessa forma é possível vender mais, o que torna tudo muito mais vantajoso”, afirma.

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O diretor da Nobel lembra que a empresa também realizou cotação e pesquisou a idoneidade e histórico do fornecedor. “Aqui no Brasil, é possível ir até o lugar pessoalmente e conferir, diferente da China, que não temos esse acesso. Como se trata de uma compra e um produto muito específico, temos que contar com uma ajuda especializada e que saiba avaliar o produto”, explica Denis.

O empresário faz um alerta para empresas que trazem mercadorias da China ou por conta própria ou direto de sites. “Faz toda diferença quando você contrata uma consultoria que possui um escritório no pais”, finaliza.

*Tomaz Carvalho é advogado. Atua à frente da Interbrax desde 2007, realizando desenvolvimento de produtos da China e gerenciamento de importações. Na área de negócios internacionais, a empresa atua há mais de 40 anos. Possui técnicas de negociação desenvolvidas com base na metodologia da Harvard Business School. Morou mais de dois anos em Hangzhou, na China, com o objetivo de conhecer a cultura empresarial entre ocidente e oriente. Tornou-se um profundo conhecedor das peculiaridades deste povo, hábitos gastronômicos e como se relacionam com questões ligadas a higiene, educação e segurança. Participou do curso “European Union After Enlargement”, na Universidade de Lodz, na Polônia, onde estudou Direito Internacional relacionado com a União Europeia. Também nos Estados Unidos, aprimorou conhecimentos sobre Jurisdição, constituição e internet. Para mais informações, acesse: http://www.interbrax.com

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