XP revela os FIIs preferidos para o segundo semestre de 2025; veja as recomendações

XP destaca fundos de lajes, logística, shoppings e papel com boa relação risco-retorno para o segundo semestre de 2025

Vinicius Alves

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Em meio a um cenário de juros elevados e maior cautela por parte dos investidores, a XP Investimentos divulgou suas principais recomendações para os diferentes segmentos de fundos imobiliários, com foco em qualidade, resiliência e potencial de valorização.

Para o segmento de lajes corporativas, a principal indicação da casa é o JSRE11 (JS Real Estate Multigestão), com um portfólio de alto padrão técnico, concentrado em regiões bem posicionadas de São Paulo (SP), como Berrini, Chucri Zaidan e Paulista.

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“O JSRE tem imóveis de altíssimo padrão construtivo em regiões que estão se beneficiando do movimento de flight to price, com empresas migrando da Faria Lima para áreas como Paulista, Chucri Zaidan e Berrini, onde ainda há espaço para valorização”, afirma Marx Gonçalves, Head de Fundos Listados da XP.

O portfólio do fundo é composto por cinco imóveis, sendo o Tower Bridge o principal, com 47% da receita. A vacância física caiu para apenas 3,1%, e o fundo vem gerando resultado superior ao rendimento distribuído, com um excedente médio de R$ 0,04 por cota em 2025.

No setor logístico, a indicação de destaque é o BTLG11 (BTG Pactual Logística), segundo maior fundo da classe, com 34 ativos e mais de 1 milhão de m² de área bruta locável. “O BTLG está extremamente bem posicionado, com 72% da receita vinda do raio de 60 km da capital paulista, região mais dinâmica do país em consumo e logística”, destaca Marx.

O fundo mantém vacância física em torno de 1% e tem registrado reajustes expressivos de aluguel, com contratos renovados até 28% acima do valor anterior.

Já no segmento de shoppings, o fundo preferido da casa é o XP Malls (XPML11). Marx ressalta que, mesmo em um cenário de desaceleração econômica, o fundo tende a apresentar maior resiliência, por ter um portfólio exposto a consumidores de alta renda. “Esse público sente menos os ciclos econômicos. Com vacância de 4%, inadimplência líquida abaixo de 2% e vendas por metro quadrado acima de R$ 1.500, o XPML se destaca entre os pares do setor”, explica.

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Por sua vez, entre os fundos de papel, o principal nome da XP continua sendo o MCCI11 (Mauá Capital Recebíveis Imobiliários). “É um fundo com perfil mais defensivo, de crédito high grade, com garantias fortes e operações originadas internamente. Mesmo com a inflação em desaceleração, ainda carrega uma taxa real próxima de IPCA + 11% ao ano, o que é bastante atrativo para o risco que apresenta”, pontua Marx.

Negociado com desconto de quase 9% sobre o valor patrimonial, o fundo ainda tem potencial de valorização adicional caso haja fechamento da curva de juros.