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SÃO PAULO – A XP divulgou nesta quinta-feira (16) um relatório em que mantém como “neutra” a recomendação para os papéis de Petrobras (PETR4), ou seja, quem está de fora não é recomendável entrar, e quem tem a ação não é recomendável sair.
De acordo com Gabriel Francisco, analista responsável pela cobertura dos setores de petróleo e elétricas da XP, foi revisitada a tese de investimentos para a companhia e encontrados possíveis impactos para a ação dados cenários diferentes para a política de preços de combustíveis da estatal a partir de 2019.
Segundo ele, a empresa deve continuar a entregar bons resultados até o final de 2018, “com uma sólida geração de caixa que permitirá à companhia atingir a sua meta de redução de endividamento sem necessidade de vender mais ativos”. Apesar disso, a partir de 2019 a dúvida que permanece é sobre qual será a política de preços de combustíveis adotada pela companhia, o que está diretamente relacionado às eleições presidenciais. Por ser uma estatal, a escolha do novo presidente da República pode ter efeito direto na escolha dos diretores e, consequentemente, na gestão da empresa.
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Dentre os potenciais impactos para as ações da Petrobras no pós-eleições, o analista cita três delas. Em um cenário base, ou seja, assumindo o fim dos subsídios ao diesel e variação dos combustíveis com o dólar, o preço-alvo para PETR4 seria de R$ 24/ação. Considerando um cenário otimista, ou seja, a continuidade do programa de subsídios, o preço-alvo subiria para R$ 29. Por outro lado, em um cenário pessimista, o seja, se não houver variação de combustíveis com o dólar e petróleo, com preços fixos nos níveis atuais e com 10% de desconto, respectivamente, o preço-alvo cairia para um intervalo de R$19 a R$12/ação.
“Dado o cenário ainda incerto para as eleições e o perfil de risco-retorno equilibrado para as ações das Petrobras nos preços atuais, mantemos nossa recomendação Neutra”, afirma. A opção também foi por atualizar os preços-alvo de PETR4 e PETR3 para R$24/ação e R$23/ação, respectivamente.
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