Xavier, da SPX: “No meio do ano que vem estaremos discutindo corte nos juros” nos EUA, o que favorece ativos

Para gestor, há "sinais inequívocos" de que a política de retirada de estímulos monetários, fiscais e creditícios está conseguindo desacelerar economia

Mariana Segala

Rogério Xavier, da SPX, durante evento da XP (Divulgação/XP)

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O aperto monetário que está sendo promovido pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) para conter a inflação nos Estados Unidos deverá continuar por algum tempo ainda – mas na metade do próximo ano as discussões já serão sobre cortes nos juros no país. A avaliação é de Rogério Xavier, sócio-fundador da gestora SPX, que participou, nesta quinta-feira (4), de um na Expert XP, em São Paulo (para acompanhar as palestras online ou presencialmente acesse aqui).

“No meio do ano que vem estaremos discutindo corte nos juros, e isso vai ser favorável para os ativos financeiros”, afirmou.

Na visão do gestor, grande parte do serviço que precisava ser feito pelo Fed já “está sendo encaminhado”. “Vemos nos dados sinais inequívocos de que a política de retirada de estímulos, não só monetários, como fiscais e creditícios, está tendo efeitos”, afirmou. Segundo ele, está em curso uma “desaceleração importante” da economia, não apenas nos Estados Unidos, como no restante do mundo também.

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Para Xavier, hoje o mercado se pergunta se o Fed seguirá muito longe com o aperto, se vai se contentar com o que o mercado acredita ser o necessário – que seriam taxas em torno de 3% a 3,5% ao ano – ou ainda se alcançará esse patamar para logo em seguida realizar cortes de juros.

“Tenho uma visão um pouco cautelosa nos próximos seis meses, por conta da continuidade do aperto que está sendo feito. Mas quando olho os seis meses seguintes, vejo de maneira mais positiva”, disse Xavier

Sua expectativa é de que isso favorecerá o desempenho dos ativos financeiros, em especial as ações. “Falar do índice inteiro [S&P 500] é muita coisa, mas quando falamos de empresas que souberam lidar bem com a questão inflacionária e que não vão passar por um ciclo tão grande de aperto monetário [quanto se poderia esperar], provavelmente o mercado acionário vai performar bem à frente”, disse.

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Mariana Segala

Editora-executiva do InfoMoney