Volume de debêntures isentas de imposto deve ultrapassar o total de 2018; saiba como investir

A Petrobras fez uma captação recorde de R$ 2,6 bilhões neste ano e a Rumo iniciou uma emissão em que pode captar até R$ 600 milhões. Com a vantagem fiscal, o rendimento supera o dos títulos públicos

Giuliana Napolitano

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A empresa de transportes Rumo vai fazer uma nova emissão de debêntures isentas de imposto de renda nos próximos dias. Se captar entre R$ 500 e R$ 600 milhões, como esperado com base no prospecto da oferta, o volume total desse tipo de debênture nos primeiros meses de 2019 deve ultrapassar a soma registrada durante o ano passado.

O levantamento considera as debêntures lançadas por meio de ofertas públicas. Exclui, portanto, as ofertas restritas e exclusivas para investidores institucionais. Pelo critério adotado, o volume de debêntures incentivadas (aquelas que são ligadas a projetos de infraestrutura e isentas de imposto de renda) já está em R$ 2,6 bilhões neste ano – e pode chegar a R$ 3,2 bilhões com a Rumo. Em 2018, o total ficou em R$ 2,7 bilhões.

O valor de R$ 2,6 bilhões de 2019 corresponde a duas emissões feitas pela Petrobras, que se tornou responsável pela maior oferta de debêntures incentivadas já feita no país. O recorde anterior era da Rodovias do Tietê, que captou pouco mais de R$ 1 bilhão em 2013.

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Se forem incluídas as ofertas restritas, o volume já emitido em 2019 alcança R$ 3 bilhões – mais que o dobro do total lançado no mesmo período de 2018.

Como investir

O crescimento desse mercado é uma boa notícia para o investidor porque amplia as opções de aplicação à disposição de quem quer rendimentos maiores na renda fixa. “A tendência de crescimento é clara, porque há maior procura dos investidores e uma grande disposição das empresas de se financiar no mercado de capitais”, diz Artur Schneider, assessor de investimentos da Monte Bravo.

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O retorno anual das debêntures da Petrobras ficou em 4% ao ano mais a variação do IPCA, no caso do título que vence em janeiro de 2026. O rendimento do papel que vence em janeiro de 2029 foi de 4,22% ao ano, mais a variação do IPCA.

Para comparar: um título público atrelado à inflação com prazo de 2024 oferece uma rentabilidade de 4,16% ao ano – e é preciso pagar imposto sobre o rendimento.

“O retorno já foi maior no passado, mas ainda é possível encontrar excelentes aplicações, com taxa alta, boa qualidade de crédito e isenção fiscal. Com a demanda crescente e maior quantidade de ofertas, é importante ter uma assessoria financeira atenta às oportunidades”, diz Schneider, da Monte Bravo.

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“Os prazos são longos, mas conseguimos dar liquidez ao investidor que resolve vender antes do vencimento: ou porque vai precisar do dinheiro ou porque as condições do mercado indicam que é um bom momento para resgatar”, acrescenta.

O risco de investir numa debênture é a empresa passar por problemas financeiros e deixar de pagar o que deve. Por isso, Schneider recomenda que, antes de aplicar, o investidor analise o risco e o perfil da operação. Se não conseguir fazer isso sozinho, pode contar com a ajuda de um assessor de investimentos. “Tem preço para tudo, e o investidor precisa ser remunerado se estiver correndo um risco elevado”, afirma.

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Giuliana Napolitano

Editora-chefe do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre finanças e negócios. É co-autora do livro Fora da Curva, que reúne as histórias de alguns dos principais investidores do país.