Volatilidade é esperada e bolsa continua um bom investimento, diz Votorantim Asset

Para a gestora, que está em meio a um processo interno de reorganização, o "clima político pesado" não muda o cenário para o ano

Giuliana Napolitano

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Depois de bater o recorde histórico de 100 mil pontos na última semana, o Ibovespa caiu e passou a oscilar bastante. O movimento assustou alguns investidores, mas, para a equipe da gestora Votorantim, está tudo dentro do esperado.

“O clima político está pesado, e isso traz volatilidade ao mercado”, diz Rafael Fornari, diretor da Votorantim Asset. Para ele, esses altos e baixos são “normais” e devem continuar durante a tramitação da reforma da Previdência, dada a relevância do projeto para o país.

O cenário para o ano, porém, não mudou. Na avaliação da gestora, as melhores oportunidades de 2019 são investimentos em ações e em estratégias no mercado externo, relacionadas a ativos no Brasil. “Acreditamos na aprovação da reforma, o que deve beneficiar a bolsa”, diz Fornari. “Depois dos 100 mil pontos, tiramos o pé e reduzimos um pouco os investimentos em ações de alguns fundos. Mas voltamos a comprar recentemente.”

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Reorganização interna

Com quase R$ 45 bilhões de patrimônio, a gestora do banco Votorantim está em meio a um processo de mudança. O objetivo é deixar de ser uma casa quase que totalmente voltada para clientes multimilionários e ter um novo portfólio de fundos para oferecer para fundações e investidores ainda de alta renda, mas com um patrimônio menor. “Queremos ser uma alternativa para quem tem entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões”, diz Alcindo Costa Canto Neto, novo presidente da gestora, que assumiu o cargo em agosto de 2018.

Como parte desse plano, a Votorantim Asset reorganizou sua equipe e passou a ter duas áreas distintas, uma voltada para o private bank – que conta com fundos estruturados, como os imobiliários e de direitos creditórios – e outra especializada na gestão de fundos líquidos (ações, multimercado, renda fixa etc.).

Também foram feitas mudanças na gestão dos fundos líquidos, para tornar suas estratégias mais definidas. “Vamos aproveitar melhor as expertises que temos”, diz Canto Neto. “Uma delas é nosso conhecimento da economia real, proporcionado pela gestão dos fundos estruturados. Com isso, conseguimos precificar melhor os títulos de crédito, ativos que são bastante procurados pelos investidores.”

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Entre os principais fundos da gestora, está o Eagle, que era um fundo multimercado e se tornou um fundo de renda fixa – em 12 meses, rendeu 6,54%, enquanto o CDI ficou em 6,34%. Outros fundos relevantes são os multimercado Equity Hedge – que rendeu 6,56% em 12 meses – e o Absoluto, que teve uma rentabilidade menor, de 3,64%, no mesmo período.

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Giuliana Napolitano

Editora-chefe do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre finanças e negócios. É co-autora do livro Fora da Curva, que reúne as histórias de alguns dos principais investidores do país.