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O planejamento para a construção de patrimônio e a possibilidade de viver de renda passa, muitas vezes, pela escolha do melhor investimento. Mas o fator mentalidade tende a ser muito mais importante do que a seleção dos melhores ativos.
Essa foi a conclusão de um dos debates organizados na 13ª edição da Expert XP, que reuniu três especialistas no assunto: Ana Leoni, criadora do Dinheiro com Atitude, Marcos Baroni, da Suno Research, e Louise Barsi, sócia fundadora do Ações Garantem Futuro.
Para Leoni, antes mesmo da escolha do investimento, o sucesso no projeto viver de renda depende da disciplina do investidor. A especialista afirma que decisões financeiras exigem muito do emocional – que faz toda a diferença na busca pelo objetivo.
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“Independentemente dos produtos financeiros, estamos falando da questão de comportamento e do equilíbrio entre receitas e despesas”, explica. “A dificuldade está em abrir mão de um prazer imediato para conquistar algo no futuro”, afirma a especialista, que se refere ao comprometimento do investidor com seus objetivos.
Além disso, a conscientização de que se trata de uma jornada de longo prazo é fundamental para a estratégia, recomenda Louise Barsi. “Temos sempre de dar o primeiro passo para pensar no segundo”, sugere.
Baroni reforça o discurso e diz que acreditar que é possível também tem papel fundamental para quem quer viver de renda – independentemente dos ativos que estão na carteira.
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Ele lembra que a estabilidade econômica atual do País permite um maior planejamento financeiro e que o cenário é mais uma das vantagens de quem pretende construir patrimônio atualmente.
Qual o investimento perfeito para viver de renda?
Considerando o investidor cuja mentalidade já esteja disciplinada e focada no longo prazo, os especialistas afirmam que o mercado financeiro está em franco desenvolvimento e, hoje, oferece diversas alternativas para quem tem como objetivo a construção de um patrimônio que gere renda no futuro.
Entre elas, estão planos de previdência, rendimentos de fundos imobiliários e dividendos de ações listadas na Bolsa – a alternativa preferida de Louise.
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Para quem gosta da opção, ela sugere a busca de ações de empresas perenes – que ofereçam serviços essenciais para a população, como companhias ligadas a setores como energia elétrica, saneamento e telecomunicações.
“Se faltar dinheiro, você certamente vai cancelar o serviço de streaming”, pontua. “No entanto, ninguém vai cancelar a água. Ninguém vive sem este recurso”, reflete.
Por isso, a especialista chama a atenção que estes setores são considerados mais defensivos, ou seja, menos suscetíveis a uma redução de receita – e consequentemente dos dividendos.
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Além disso, Louise lembra que a receita destas empresas normalmente é corrigida pela inflação, o que também garante uma maior segurança para o acionista.
Para garantir o sucesso da estratégia, ela recomenda bastante estudo e análise de pontos como a política de distribuição de proventos da empresa, aspectos de governança corporativa e os sócios e controladores da companhia.
“Não existe nenhum ativo multiplicador de patrimônio como as ações”, afirma. “Mas [o sucesso] exige estudo e dedicação. É um trabalho de formiguinha na busca das melhores informações”, completa.
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Outra opção para quem quer construir patrimônio e viver de renda, de acordo com Baroni, é o mercado de fundos imobiliários – que já conta com mais de 2,25 milhões de investidores.
Focados na compra de imóveis e títulos ligados ao setor imobiliário, os FIIs – como também são conhecidos – geram renda com aluguel e ganho de capital, distribuindo esse resultado com os cotistas – em forma de dividendos, isentos de Imposto de Renda.
O especialista da Suno pondera que a escolha do melhor produto passa pelo perfil de risco de cada investidor, sinalizando também que a diversificação é importante na composição de qualquer carteira de investimento.
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