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Treasuries podem estar no limite para lucrar com venda antecipada; veja como funciona

Proximidade do início do afrouxamento monetário permite que investidor use marcação a mercado a seu favor

Ana Paula Ribeiro

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Com a possível proximidade do início do ciclo de queda dos juros nos Estados Unidos, quem investe na renda fixa americana começa a olhar para a possibilidade de obter lucro adicional com uma estratégia também comum no Brasil: vender o título antes do vencimento e embolsar o lucro proveniente da valorização do papel no mercado secundário.

Esses ganhos serão propiciados pelo que é chamado de “marcação a mercado”, que envolve a atualização diária do preço de produtos financeiros, e que vale também para títulos do Tesouro americano (Treasuries), especialmente os de vencimento mais longo – e que seguem nas recomendações dos especialistas pelos juros historicamente altos no país.

Para a estratégia fazer sentido para os Treasuries, o investidor deve mirar na queda dos juros, algo que o mercado espera que aconteça em breve. Os juros americanos estão na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano, mas o CME FedWatch, que mostra a expectativa das taxas com base na negociação dos papéis, aponta que o afrouxamento monetário pode começar ainda no primeiro semestre do ano que vem.

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Dado esse cenário, o investidor pode estar em uma das últimas janelas para aproveitar esses ganhos.

Angelo Belitardo, gestor de investimentos da Hike Capital, afirma que os indicadores econômicos das economias desenvolvidas começam a desacelerar, o que indica o encerramento do ciclo de alta de juros e a proximidade da queda.

“Acreditamos que seja um momento oportuno para início de alocação em títulos americanos com duration elevada”, diz.

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Para o investidor que vai carregar esses papéis até o final, é a chance de garantir uma taxa mais elevada – os juros estão no patamar mais elevado dos últimos 16 anos. E caso os juros recuem mesmo nos próximos meses, quem se desfizer dos títulos ainda vai abocanhar um ganho adicional.

Como funciona?

A marcação a mercado é a atualização dos preços dos ativos pelo valor que estão sendo negociados no dia. Essa variação leva em conta uma série de fatores, como oferta, demanda e os indicadores macroeconômicos.

Em um título prefixado, como os Treasuries de dez anos, a marcação ocorre com a variação das taxas do Fed. Se a taxa sobe, o preço dos títulos cai. Se o contrário ocorre, ou seja, o juro cai, os títulos já emitidos vão se valorizar.

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Exemplo:

Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, a renda fixa está em seu momento mais atrativo dos últimos anos e o ponto de entrada depende da expectativa em relação aos juros. No caso, se o investidor espera que o Fed não suba as taxas muito além do atual patamar, o momento é bom para a alocação.

“Se o investidor comprar o papel com essa remuneração, poderá vendê-lo mais caro antes do vencimento, aproveitando a demanda maior no mercado por um título como esse quando os juros dos Estados Unidos começarem a cair”, explica.

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Belitardo, gestor da Hike, no entanto, alerta para os riscos dessa estratégia. “Estamos vivenciando conflitos internacionais que podem impactar no preço de combustíveis, energia e agronegócio, pressionando a inflação em países emergentes e desenvolvidos e, consequentemente, oscilações na curva de juros. Dessa forma, alocações em produtos financeiros voláteis devem ser realizados com cautela.”

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Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney