Token BNB, ligado à Binance, fica para trás em rali de criptomoedas; ex-CEO é impedido de sair dos EUA

Justiça rejeitou o pedido de Changpeng Zhao para retornar aos Emirados Árabes Unidos, onde mora

Equipe InfoMoney

(Bloomberg)

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O BNB Chain (BNB), token ligado à Binance, não conseguiu aproveitar a recente alta dos ativos digitais, um sinal do momento desafiador que a exchange enfrenta após assumir culpa de cometer diversos crimes nos Estados Unidos e aceitar pagar uma multa de US$ 4,3 bilhões.

Nos últimos sete dias, o valor de mercado das criptomoedas subiu 12%, o equivalente a US$ 180 bilhões, impulsionado pelo rali do Bitcoin (BTC), segundo dados do agregador CoinGecko. No mesmo período, o BNB subiu apenas 1,3%, sendo negociado a US$ 235 na tarde desta sexta-feira (8).

O ativo digital é o único token importante que ainda apresenta perdas no acumulado do ano, segundo dados compilados pela Bloomberg.“O BNB está sendo tratado como um proxy da Binance neste momento, o que explica seu desempenho tão inferior”, disse Clara Medalie, diretora de pesquisa da Kaiko.

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Nos últimos anos, a Binance virou alvo de investigações regulatórias nos Estados Unidos, culminando com confissões de culpa em 21 de novembro por violações da legislação de combate à lavagem de dinheiro e de sanções no país.

O fundador da Binance, Changpeng Zhao, também se declarou culpado e renunciou ao cargo de CEO sob o acordo com as autoridades dos EUA. Quem assumiu a função foi Richard Teng.

Após o acordo com reguladores em novembro, Zhao chegou a pedir na Justiça para retornar aos Emirados Árabes Unidos, onde mora. Em um primeiro momento, a Justiça liberou a ida ao país. No entanto, na quinta-feira (7), o juiz distrital Richard Jones rejeitou o pedido do fundador da Binance para retornar à nação árabe, anulando a decisão anterior.

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O BNB caiu cerca de 8% desde a confissão de culpa da empresa e a multa de mais de US$ 4 bilhões, que está entre as maiores penalidades desse tipo na história dos EUA. Um índice dos 100 maiores ativos digitais monitorado pela Bloomberg avançou cerca de 14% no mesmo período.

O acordo com autoridades dos EUA “certamente teve um impacto no preço do BNB”, mas “a Binance continua operacional e há pelo menos um caminho a seguir”, disse Annabelle Huang, sócia do banco cripto Amber Group.

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Market share

Embora a corretora continue sendo de longe a maior plataforma para compra e venda de criptoativos, bem como de derivativos cripto, seu domínio está diminuindo. A participação da exchange nos volumes de negociação à vista caiu de 55% no início de 2023 para 32% em novembro, segundo levantamento da CCData. Seu market share em derivativos caiu de mais de 60%, para 48%.

Os clientes retiraram US$ 1,6 bilhão líquido da corretora em novembro, o segundo maior resgate mensal do ano, segundo dados da plataforma DefiLlama. Parte disso foi revertido, com US$ 398 milhões líquidos fluindo para a exchange até agora em dezembro.

“Esperamos que a Binance perca seu trono como a exchange centralizada número 1 em volume” após o acordo judicial com as autoridades dos EUA, disse Matthew Sigel, chefe de pesquisa de ativos digitais da gestora de fundos VanEck. As rivais OKX, Bybit, Coinbase e Bitget têm potencial para ocupar o primeiro lugar, acrescentou.

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(Com Bloomberg)