Título paga a inflação mais 3,57% ao ano nesta terça-feira; confira taxas do Tesouro Direto

Investidores acompanham ata do Copom, IPCA-15 e falas do secretário do Tesouro dos EUA, de que americanos e chineses devem voltar a conversar

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta terça-feira (24).

Pela manhã, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e voltou a sinalizar a possibilidade de cortes adicionais na taxa Selic. “A consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo monetário”, escreveu o BC.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,09% em setembro, próximo à taxa positiva de 0,08% registrada em agosto e praticamente em linha com o esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg, de inflação de 0,08%.

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Ainda na cena doméstica, investidores repercutem mais um adiamento da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que agora fica para a próxima semana.

No exterior, mercados monitoram falas do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, de que americanos e chineses devem voltar a conversar em duas semanas.

Com juros na mínima histórica e projeções ainda menores para a Selic até o fim do ano, como ficam os retornos dos investimentos em renda fixa e como o investidor conservador pode aplicar seu dinheiro? O InfoMoney conversou com especialistas do mercado para entender quais as alternativas com Selic a 5,5% ao ano. O resultado você confere aqui.

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No Tesouro Direto, o papel indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com juros semestrais e vencimento em 2050 pagava uma taxa de 3,57% ao ano, ante 3,53% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 4.708,39 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 47,08 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam uma taxa anual de 3,51% ao ano, ante 3,46%  a.a. anteriormente.

Já os títulos com rendimento prefixado, como o com prazo em 2022, oferecia prêmio anual de 5,66%, ante 5,59% a.a. mais cedo, enquanto o retorno do título com vencimento em 2025 avançava de 6,72% para 6,80% ao ano.

Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (24):
Título
Vencimento
Indexados ao IPCA
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,69% R$ 56,94 R$ 2.847,33
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,51% R$ 37,86 R$ 1.893,01
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,51% R$ 40,25 R$ 1.341,98
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 2,87% R$ 38,79 R$ 3.879,66
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,37% R$ 43,23 R$ 4.323,12
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,57% R$ 47,08 R$ 4.708,39
Prefixados
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,66% R$ 35,31 R$ 882,91
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,80% R$ 35,38 R$ 707,76
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,12% R$ 36,31 R$ 1.210,62
Indexados à Taxa Selic
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 103,23 R$ 10.323,89

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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