Título paga a inflação mais 3,69% ao ano nesta terça-feira; confira taxas do Tesouro Direto

Mercados acompanharam dados de inflação da China e adiamento da votação da PEC da reforma da Previdência no Senado

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentaram alta na tarde desta terça-feira (10).

Entre os principais destaques do dia, mercados repercutiram dados de inflação na China, que vieram acima do esperado por economistas. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) chinês teve contração de 0,8% em agosto na comparação anual, recuo levemente menor do que os 0,9% projetados por analistas. Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país subiu 2,8% no mês passado em relação ao mesmo período de 2018, superando a estimativa de 2,6%.

No cenário doméstico, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), desistiu de tentar votar nesta semana a PEC que trata da reforma da Previdência. Segundo ele, a votação em primeiro turno deverá ficar para a próxima semana.

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Já o índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,60% na primeira prévia de setembro, após ter recuado 0,65% na primeira leitura de agosto. No ano, o índice acumula avanço de 3,47%, enquanto em 12 meses a variação é de 2,75%.

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No Tesouro Direto, o papel atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia uma taxa anual de 2,99, ante 2,96% na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.802,56 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 56,05 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

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Os papéis com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais prêmio de 3,69% ao ano, ante 3,66% a.a. anteriormente.

Nos títulos com rendimento prefixado, o com vencimento em 2025 oferecia uma taxa de 7,03% ao ano, ante 7% pela manhã. Já o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2029 avançava de 7,30% para 7,33% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (10):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,99% R$ 56,05 R$ 2.802,56
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,69% R$ 36,77 R$ 1.838,94
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,69% R$ 38,43 R$ 1.281,25
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,14% R$ 38,14 R$ 3.814,43
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,56% R$ 42,29 R$ 4.229,56
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,76% R$ 45,55 R$ 4.555,61
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,94% R$ 35,02 R$ 875,63
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,03% R$ 34,89 R$ 697,92
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,33% R$ 35,76 R$ 1.192,16
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 103,01 R$ 10.301,12

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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