Taxas de títulos do Tesouro Direto sobem nesta segunda-feira

Mercado acompanha otimismo no cenário externo e menores expectativas para inflação no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta segunda-feira (9).

Entre os principais destaques do dia, o mercado acompanha dados fracos da China, que podem contribuir para o lançamento de um pacote de estímulos à economia local, e segue repercutindo o discurso do presidente do Federal Reserve (o banco central americano).

Na sexta-feira (6), Jerome Powell, presidente do Fed, minimizou preocupações sobre uma potencial recessão na maior economia do mundo, após afirmações que corroboram expectativas de que o Fed deverá reduzir as taxas de juros nas próximas reuniões.

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No âmbito doméstico, as atenções se voltam hoje à divulgação mais recente do Relatório Focus, do Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou que o mercado rebaixou as expectativas para a inflação, de 3,59% para 3,54%, em 2019, e de 3,85% para 3,82%, em 2020. Para 2021, a projeção ficou inalterada em 3,75%.

A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, por sua vez, permaneceu inalterada em 2019, em 0,87%, mas recuou de 2,10% para 2,07%, em 2020. Já as projeções para a taxa básica de juros se mantiveram em 5%, para 2019, em 5,25%, para 2020, e em 7%, para 2021.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai ocorrer nos dias 17 e 18 de setembro, e é esperado novo corte de 0,50 ponto percentual, levando a Selic para 5,5% ao ano.

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Ainda no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em entrevista ao Valor Econômico, que pretende propor a privatização de todas as empresas estatais, mas reforçou que a decisão final é do Congresso.

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No Tesouro Direto, o título atrelado ao IPCA com vencimento em 2024 pagava a inflação mais uma taxa anual de 2,94%, ante 2,92% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.808,83 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 56,17 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

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Os papéis com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam prêmio anual de 3,64%, ante 3,62% ao ano pela manhã.

Nos títulos com rendimento prefixado, o com prazo em 2025 oferecia uma taxa de 6,99% ao ano, ante 6,96% a.a. mais cedo. Já o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2029 avançava de 7,27% para 7,31% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (9):
Título
Vencimento
Taxa de Rendimento (a.a.)
Valor Mínimo
Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,94% R$ 56,17 R$ 2.808,83
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,64% R$ 37,05 R$ 1.852,52
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,64% R$ 38,90 R$ 1.296,94
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,09% R$ 38,24 R$ 3.824,68
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,51% R$ 42,51 R$ 4.251,18
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,71% R$ 45,92 R$ 4.592,05
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,92% R$ 35,03 R$ 875,81
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,99% R$ 34,95 R$ 699,11
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,31% R$ 35,79 R$ 1.193,25
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 102,98 R$ 10.298,77

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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