Taxas do Tesouro Direto recuam de olho na votação da reforma da Previdência

Dia foi marcado por sentimento de otimismo do mercado financeiro com aprovação da PEC da Previdência

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos indexados à inflação e negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda nesta quarta-feira (10).

No Brasil, a reforma da Previdência foi destaque, com os primeiros placares da sessão da Câmara dos Deputados ontem finalizados em 353 votos favoráveis a 118 contrários. A expectativa é de que a votação da redação final ocorra ainda hoje em primeiro turno.

Também entre os destaques desta quarta, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,01% em junho, a menor taxa para 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o índice acumula alta de 2,23%, permanecendo bem abaixo da meta de 4,25% definida pelo governo.

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Já no exterior, o mercado acompanhou a participação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, no Congresso, afirmando que ainda há incertezas afetando as perspectivas.

O mercado aguarda por pistas quanto à condução da política de juros da autoridade monetária dos EUA.

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No Tesouro Direto, o título indexado ao IPCA com vencimento em 2024 oferecia um retorno anual de 2,87% (acrescido da inflação), ante 2,89% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o papel integralmente por R$ 2.796,72 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 55,93 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Já o papel com juros semestrais e vencimento em 2026 pagava a inflação mais 2,95% ao ano, ante 2,97% a.a. anteriormente.

A queda nas taxas também era observada nos papéis prefixados, como o com vencimento em 2022, que oferecia uma rentabilidade de 5,89% ao ano, ante 5,92% a.a. mais cedo. O título com vencimento em 2025, por sua vez, oferecia retorno de 6,84% ao ano, ante 6,88% a.a. pela manhã.

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Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta quarta-feira:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,87% R$ 55,93 R$ 2.796,72
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,59% R$ 37,00 R$ 1.850,08
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,59% R$ 39,04 R$ 1.301,48
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 2,95% R$ 39,20 R$ 3.920,53
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,46% R$ 42,36 R$ 4.236,95
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,68% R$ 46,68 R$ 4.668,40
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,89% R$ 34,71 R$ 867,86
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,84% R$ 34,82 R$ 696,42
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,16% R$ 35,69 R$ 1.189,96
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 101,95 R$ 10.195,31

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, com uma alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).

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