Título público oferece retorno abaixo de 3% ao ano nesta segunda-feira; confira taxas do Tesouro Direto

No período da tarde, taxas dos papéis recuavam; mercado acompanhou novo corte na projeção do PIB pelo Banco Central

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos indexados à inflação e negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda nesta segunda-feira (8).

Pela manhã, as atenções se voltavam à divulgação mais recente do Boletim Focus, do Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou que o mercado reduziu pela 19ª vez consecutiva a previsão para expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019, desta vez de 0,85% para 0,82%. Para 2020, a expectativa se manteve em crescimento de 2,20%.

As projeções para a taxa Selic ao fim do ano, bem como para os próximos dois anos, também foram mantidas: 5,50% em 2019, 6% em dezembro de 2020 e 7,5% para o fechamento de 2021. Também não foram feitos ajustes nas projeções para a inflação, que seguiu em 3,80% para 2019 e 3,91% para 2020.

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Na cena externa, o mercado acompanhou as conversas entre os Estados Unidos e Pequim, que recomeçara nesta semana. Vale destacar também, que o Irã anunciou que começará a enriquecer urânio além do nível permitido sob o acordo nuclear assinado em 2015, elevando o risco geopolítico.

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No Tesouro Direto, o título indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 apresentava pela primeira vez uma taxa inferior a 3% ao ano. À tarde, o papel oferecia um retorno anual de 2,95% (acrescido da inflação), ante 2,96% na abertura do pregão. O investidor podia adquirir o papel integralmente por R$ 2.784,43 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 55,68 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

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A queda nas taxas também era observada nos papéis prefixados, como o com vencimento em 2022, que pagava uma taxa de 5,99% ao ano, ante 6,02% a.a. anteriormente. Já o título com vencimento em 2025 oferecia retorno de 6,95% ao ano, ante 6,98% a.a. mais cedo.

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Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta segunda-feira:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 2,95% R$ 55,68 R$ 2.784,43
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,62% R$ 36,81 R$ 1.840,76
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,62% R$ 38,73 R$ 1.291,19
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,04% R$ 38,98 R$ 3.898,63
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,50% R$ 42,16 R$ 4.216,80
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,72% R$ 46,36 R$ 4.636,07
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 5,99% R$ 34,62 R$ 865,64
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 6,95% R$ 34,61 R$ 692,33
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,26% R$ 35,46 R$ 1.182,29
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02% R$ 101,92 R$ 10.192,83

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, com uma alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).

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