Tesouro Direto: confira os preços e as taxas dos títulos nesta segunda-feira

Mercado diminuiu pela 17ª vez consecutiva a previsão para expansão do PIB brasileiro, desta vez de 0,93% para 0,87% em 2019

Beatriz Cutait

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, seguem em trajetória de baixa na tarde desta segunda-feira, embora sem grandes mudanças em relação às rentabilidades vistas nesta manhã.

Continua a contribuir para a queda dos retornos as expectativas cada vez menores de crescimento da atividade brasileira, que dão suporte à visão de que o Banco Central terá que agir em breve para reduzir a taxa básica de juros.

Nesta segunda-feira, as atenções se voltam à divulgação do Boletim Focus mais recente. A pesquisa semanal feita pelo BC com instituições financeiras mostrou que o mercado diminuiu pela 17ª vez consecutiva a previsão para expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, desta vez de 0,93% para 0,87% em 2019. Para 2020, a expectativa se manteve em crescimento de 2,20%.

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Também foram feitos ajustes nas projeções para a inflação de 2019 (com redução de 3,84% para 3,82%) e de 2020 (4,00% para 3,95%). O mercado financeiro continua a esperar que o Banco Central diminua a taxa Selic do patamar atual de 6,5% para 5,75% ao ano até dezembro. Para o fim de 2020, a expectativa é de que os juros voltem para 6,5% ao ano, e, no fim de 2021, cheguem a 7,5% ao ano.

Conforme mostrou levantamento feito pela XP na semana passada, 63% dos investidores institucionais esperam que o Banco Central já reduza a Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim de julho.

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No Tesouro Direto, dentre os papéis indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2024 oferecia retorno de 3,09% ao ano (acrescido da inflação), ante 3,12% a.a. na manhã de sexta-feira. Já os títulos com vencimentos em 2035 e 2045 pagavam o IPCA mais 3,77% ao ano, mesma taxa vista mais cedo.

Confira, abaixo, os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta segunda-feira:
Título Vencimento Taxa de Rendimento (% a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 IPCA + 3,09 R$ 55,24 R$ 2.762,36
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 IPCA + 3,77 R$ 35,93 R$ 1.796,78
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 IPCA + 3,77 R$ 37,26 R$ 1.242,29
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 IPCA + 3,20 R$ 38,58 R$ 3.858,96
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 IPCA + 3,65 R$ 41,44 R$ 4.144,32
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 IPCA + 3,82 R$ 45,55 R$ 4.555,93
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 6,30 R$ 34,28 R$ 857,10
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 7,22 R$ 34,03 R$ 680,77
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 7,62 R$ 36,04 R$ 1.201,43
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 Selic + 0,02 R$ 101,65 R$ 10.165,15

Fonte: Tesouro Direto

Já o papel prefixado com vencimento em 2022 oferecia retorno anual de 6,30%, ante 6,28% a.a. registrado nesta manhã. O investidor podia adquirir o papel integralmente por R$ 857,10 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 34,28 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver a posição até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações.

Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, com uma alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.