Tesouro Direto: títulos públicos registram leve alta, apesar de dados fracos da economia

As taxas dos papéis seguem em alta, ainda refletindo um aumento da aversão ao risco após o episódio envolvendo a Petrobras

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos vendidos por meio do Tesouro Direto, programa que possibilita a negociação dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, sobem levemente na manhã desta segunda-feira (15). O movimento dá sequência à alta vista na última sexta-feira (12), quando o episódio da Petrobras tomou conta do noticiário e aumentou as tensões dos investidores.

Nesta manhã, contudo, novos dados macroeconômicos reforçaram a fragilidade da atividade econômica. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-B) surpreendeu com uma queda de 0,73%, em fevereiro, depois do recuo de 0,31%, em janeiro.

E as perspectivas do mercado financeiro voltaram a piorar. De acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, a previsão para o crescimento do PIB diminuiu de 1,97% para 1,95%, em 2019, e de 2,70% para 2,58%, em 2020.

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O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045 (antiga NTN-B Principal) registrava leve alta na abertura do dia, pagando 4,58% ao ano (acrescido da variação da inflação), ante a taxa de 4,57% a.a. de sexta-feira. O investidor pode adquirir o título integralmente por R$ 1.001,05 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 30,03 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Nos prefixados, os papéis mais longos são os que apresentam maiores altas, como o com vencimento em 2025, com retorno de 8,81% a.a., ante 8,78% a.a. na sexta-feira. Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o investimento até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.

Confira abaixo os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto hoje:

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Título Vencimento Taxa de Rendimento (% a.a.) Valor Mínimo Preço Unitário
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024 4,21 R$51,51 R$2.575,68
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035 4,58 R$31,29 R$1.564,61
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045 4,58 R$30,03 R$1.001,05
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026 4,25 R$35,82 R$3.582,35
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035 4,49 R$38,30 R$3.830,46
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 4,57 R$39,91 R$3.991,94
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2022 01/01/2022 7,82 R$32,61 R$815,40
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025 8,81 R$30,89 R$617,87
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029 8,96 R$32,81 R$1.093,69
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2025 01/03/2025 0,02 R$100,47 R$10.047,84

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).