Os melhores títulos do Tesouro Direto para ganhar com a queda das taxas

Segundo o professor do InfoMoney Alan Ghani, taxas podem cair ainda mais, abrindo oportunidade para ganhos turbinados

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Desde o começo do ano, com a posse do novo governo e o otimismo com relação ao “risco-Brasil”, as taxas dos títulos do Tesouro Direto seguem em queda. No dia 15/02, por exemplo, as taxas chegaram a recuar 8 pontos base, possibilitando ganhos de quase 50% com a venda antecipada de papéis.

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Na opinião do professor do InfoMoney Alan Ghani, as taxas podem cair ainda mais quando a versão final da reforma da Previdência for aprovada. Mas ele alerta: “até lá teremos turbulência”.

Segundo Ghani, o momento é bom para quem quer embolsar o lucro, desde que o investidor opte por aplicar o dinheiro em outro título do Tesouro ou até em outros produtos financeiros. Se a ideia for realizar o lucro e comprar o mesmo papel, Ghani recomenda manter até a data de vencimento. Dessa forma, o investidor garante uma taxa mais alta até o resgate.

Para quem acredita na aprovação de uma reforma “para valer”, o prêmio do Tesouro Prefixado com vencimento em 2025 poderá valer a pena. “Pode ter uma queda na taxa de juros [em caso de aprovação de uma reforma mais austera], o que vai possibilitar ganhos turbinados”, afirma o professor.

O mesmo deve acontecer com o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035, segundo Ghani. “A vantagem que eu vejo no Tesouro IPCA+ 2035 é que ele possibilita esse ganho turbinado e, no pior dos cenários, ou seja, se a taxa subir, o investidor pode carregar o papel até o vencimento, porque está pagando o IPCA+ 4,40% a.a. Então ele vai te repondo a inflação e você ainda tem um ganho real de 4,40% ao ano”, diz.

Por que não o Tesouro IPCA+ 2045?

“O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045 oferece a mesma taxa que o 2035, tem 10 anos a mais de prazo (portanto, você está abrindo mão do seu dinheiro por mais tempo) e tem mais risco. Então o 2035 é muito mais vantajoso que o 2045”, afirma Ghani.

Como ter ganhos turbinados?

Com um texto da reforma da Previdência melhor do que o esperado, a notícia anima o mercado, que vê uma aprovação cada vez mais próxima. O efeito disso é uma queda nas taxas de juros, como se o mercado estivesse precificando que está “menos arriscado emprestar dinheiro para o governo”.

Resultado? Todo mundo começa a comprar. Com o aumento da demanda, o preço do papel sobe e a taxa de rentabilidade cai. E é aí que o investidor pode ter “ganhos turbinados” também na renda fixa – caso venda o papel antes da data de vencimento. Os investidores que mantiverem o papel até o vencimento, porém, receberão a taxa contratada no momento da compra.

Isso acontece quando compramos um papel a uma taxa de 10% ao ano, por exemplo, e a taxa do mercado para este título cai para 8% a.a. Nesse caso, dependendo do prazo, se vendermos o papel antes do vencimento, teremos um ganho muito acima da rentabilidade contratada de 10% a.a.

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