Novo título do Tesouro Direto permite ganhos de 120% do CDI ou até maiores

Papel é interessante para o investidor que quer juro 'curto' e uma aplicação mais 'imediata', afirma o professor do InfoMoney Alan Ghani

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – O Tesouro Direto lançou neste mês de fevereiro um novo título prefixado (antiga LTN) que, além de ser relativamente curto, com vencimento em 2022, oferece um bom prêmio em relação à taxa Selic.

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Trata-se do Tesouro Prefixado com vencimento em 2022, papel que paga na tarde desta quinta-feira (7) uma taxa de 7,77% ao ano. Segundo o professor do InfoMoney Alan Ghani, considerando que o CDI fique flat até o vencimento, ou seja, que ele não se altere até 2022, a rentabilidade do papel seria de cerca de 120% do CDI – uma taxa bem atrativa.

Ghani lembra que o CDI é uma taxa flutuante, ou seja, que não é possível afirmar que ficará estável até 2022. “O risco nesse caso não é do CDI subir, mas dele cair ainda mais. Isso faria com que a taxa de juros do papel caísse para patamares menores que 7,77% a.a., possibilitando ganhos turbinados”, diz.

Vale lembrar que o investidor só estará sujeito às variações do mercado se vender o papel antes da data de vencimento – podendo ter ganhos (ou perdas) turbinados. Caso opte por carregar até 2022, receberá a taxa contratada no momento da compra.

Segundo Ghani, a grande vantagem desse novo papel está em seu vencimento de curto prazo, uma vez que oferece menos risco em relação ao título com vencimento em 2025, por exemplo. “Três anos é um tempo razoável para abrir mão do dinheiro sem se preocupar muito, além de não ficar tão comprometido com o título por um prazo tão longo”, diz.

Ghani explica que está otimista com a aprovação da reforma da Previdência e que vê potencial das taxas de juros dos títulos caírem ainda mais. “Para quem quer juro ‘curto’ e uma aplicação mais ‘imediata’, o Tesouro Prefixado com vencimento em 2022 é um papel bastante interessante”, afirma.

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