Taxas de títulos do Tesouro Direto têm alta nesta segunda-feira

Mercados viveram dia de pânico com guerra de preços do petróleo, em um ambiente já fragilizado com coronavírus

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto fecharam o pregão desta segunda-feira (9) em forte alta, em um ambiente de maior aversão a risco no exterior e no Brasil.

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O título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio de 5,36% ao ano nesta tarde, ante 5,05% no fechamento de sexta-feira. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 863,73 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 34,54 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

O prêmio pago pelo papel com juros semestrais e vencimento em 2031, por sua vez, subia de 6,95% para 7,36% ao ano.

Entre os títulos indexados à inflação, o retorno do papel com prazo em 2026 avançava de 2,57% para 2,83% ao ano, enquanto o com Tesouro IPCA+2015 pagava 3,65%, ante 3,37% a.a. anteriormente.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

Pela manhã, o programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet chegou a ficar suspenso por cerca de 30 minutos, diante da forte alta das taxas apresentada na abertura do dia.

O movimento seguiu o Ibovespa, que acionou o mecanismo de “circuit breaker” por volta das 10h20, após cair 10%, suspendendo as negociações de ativos também por meia hora.

Após a retomada, o principal benchmark da renda variável seguiu derretendo, encerrando o pregão aos 86.067 pontos, com queda de 12,2% – a pior baixa em 21 anos.

Em um dia de pânico para os mercados, as novas atuações do Banco Central no câmbio não conseguiram conter a alta da moeda americana, que fechou com valorização de 1,96%, a R$ 4,7251 na compra e a R$ 4,7256 na venda. No ano, o dólar avança 17,6%.

Mais cedo, o Banco Central afirmou que vai continuar a intervir no câmbio, mas de forma pontual, isto é, enquanto for necessário.

Um discurso do diretor de política monetária do BC, Bruno Serra, voltou, contudo, a reforçar que “o atual estágio do ciclo econômico segue recomendando cautela na condução da política monetária”.

A palavra “cautela” despertou novas dúvidas sobre a retomada do ciclo de cortes da Selic, que está no centro do debate do mercado por conta da desaceleração da economia mundial, em meio à escalada do coronavírus. Na semana passada, o Federal Reserve, banco central americano, ainda cortou os juros do país em reunião emergencial, o que alimentou a perspectiva de novo ajuste da Selic.

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