Tesouro Direto tem em julho maior captação líquida desde abril de 2020; Tesouro Selic desbanca Tesouro IPCA+ na preferência dos investidores

No período, foram realizadas 460 mil operações, o maior volume desde dezembro de 2020; já o valor médio por operação foi o menor do ano

Mariana Zonta d'Ávila

Notas de reais (Sidney de Almeida/Getty Images)

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SÃO PAULO – As vendas voltaram a superar os resgates no Tesouro Direto em julho, pelo quarto mês consecutivo, com uma captação líquida de R$ 934,1 milhões – a mais alta desde abril de 2020, quando chegou a R$ 1,6 bilhão.

O resultado do último mês se deve a vendas pelo programa de compra e venda de títulos públicos para as pessoas físicas da ordem de R$ 2,46 bilhões, contra saídas de R$ 1,53 bilhão, relativas a recompras e vencimentos.

Com o resultado de julho, o programa, que até maio tinha perdas no ano, passou a acumular captação líquida de R$ 1,5 bilhão em 2021.

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Com a mudança de uma tendência vista desde dezembro, em que os títulos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se destacavam na preferência dos investidores, o Tesouro Selic foi o papel mais demandado em julho, com participação de 44,8% nas vendas.

Já os títulos atrelados à inflação representaram 41,2% do total, enquanto os prefixados ficaram em terceiro lugar, com participação de 14%.

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Com relação ao prazo de emissão dos títulos, a preferência dos investidores recaiu sobre papéis com vencimentos intermediários, com prazos de cinco a dez anos, com 50,1% das vendas. Os títulos públicos mais curtos (com prazo entre um e cinco anos) aparecem em seguida, com fatia de 35,8%. Já aqueles mais longos, acima de dez anos, ficaram com 14,1% das vendas do mês passado.

Estoque e investidores

De acordo com os dados do Tesouro Direto, foram realizadas 460 mil operações em julho – o maior volume desde dezembro de 2020, quando houve 478,7 mil operações.

No período, o valor médio por operação foi de R$ 5.347,38, o mais baixo desde dezembro, com 85,6% das vendas com valores abaixo de R$ 5 mil.

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Já o estoque do programa alcançou um montante de R$ 67,9 bilhões, crescimento de 2,3% em relação a junho, e de 9,5% ante julho de 2020.

Os títulos indexados aos índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, com 54,8% do total. Na sequência, estão os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 25,5%, e, por fim, os papéis prefixados, com 19,6%.

No que tange ao número de investidores ativos, isto é, aqueles atualmente com saldo em aplicações no programa, o total voltou a crescer e chegou a 1.597,402 em julho, um aumento de 20,6% nos últimos 12 meses. No mês passado, o acréscimo foi de 38,8 mil novos investidores ativos.