Tesouro Direto: taxas dos títulos públicos operam em queda nesta quinta-feira

Agenda tem reunião de Mourão e Campos Neto com investidores internacionais e pedidos de auxílio desemprego nos EUA

Lucas Bombana

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto, que operavam estáveis na parte da manhã, passaram a cair durante a tarde.

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Entre os papéis prefixados, o juro pago pelo título com vencimento em 2023 recuava de 4,22% na tarde de ontem para 4,21%, enquanto o prêmio oferecido pelo mesmo papel com prazo em 2026 caía de 6,21% para 6,13%.

Entre os títulos indexados à inflação, o papel com vencimento em 2026 paga nesta tarde uma taxa de 2,41%, ante 2,49% na sessão passada. O título com juros semestrais e prazo em 2030, por sua vez, recuava de 3,05% ontem para 2,99% nesta quinta-feira.

No câmbio, o pregão é de relativa estabilidade, com o dólar negociado a R$ 5,26 às 15h50, com uma queda de apenas 0,07%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (9):

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Reunião com investidores

Em uma sessão esvaziada de indicadores, o mercado voltou as atenções para o encontro entre o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, com investidores internacionais. Coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Mourão tem sido o principal interlocutor do governo com o mercado para tratar de questões relacionadas à agenda ambiental.

Segundo Mourão, o estrangeiro quer “ver resultados” na área ambiental para destinar recursos para o Brasil. Após reunião com representantes de fundos estrangeiros, Mourão disse que eles não se comprometeram com investimentos.

“Eles querem ver resultados e os resultados que podemos apresentar é que haja redução do desmatamento”, afirmou. “A ideia é que até 2022, dentro do governo do presidente Jair Bolsonaro, vamos pouco a pouco arrinconando esses que cometem ilegalidades para chegar a um número de desmatamento aceitável”, completou.

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Para o banco americano Morgan Stanley, a agenda ambiental ganhou maior relevância para as empresas brasileiras que pretendem atrair investidores estrangeiros para seus negócios. “Vamos ver cada vez mais investidores demandando políticas de sustentabilidade das empresas. É claro que uma imagem não positiva do Brasil lá fora não ajuda em nada as empresas a atrair investimento. Essa é uma agenda cada vez mais crucial”, disse ao Estadão Alessandro Zema, presidente do banco americano Morgan Stanley no Brasil.

O dia 9 de julho costuma ser feriado no Estado de São Paulo, em memória à Revolução Constitucionalista de 1932. No entanto, dado o cenário extraordinário por conta da pandemia, o feriado foi antecipado para maio, para contribuir para o isolamento social. Por isso, nesta quinta-feira, a B3 funciona normalmente, bem como os bancos e demais serviços financeiros.

Cena global

No ambiente internacional, investidores acompanham dados sobre o mercado de trabalho americano, que registrou 1,314 milhão de pedidos por seguro-desemprego na semana passada. O número ficou pouco abaixo do previsto – o consenso Bloomberg apontava para 1,38 milhão de pedidos.

Os efeitos nefastos da pandemia também têm gerado uma nova corrida pelo ouro, que pode estar a caminho de um recorde de longa data. As preocupações crescentes com a economia global empurram a onça do metal para acima de US$ 1.800.

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