Tesouro Direto: taxas de títulos públicos têm queda nesta terça-feira

Investidores aguardaram pacote de estímulos nos EUA e monitoraram IGP-M e cena política no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta terça-feira (20), de olho no cenário externo.

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O título indexado à inflação com vencimento em 2035 pagava um prêmio anual de 3,99%, ante 4,05% ao ano na segunda-feira (19). O juro pago pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2055, por sua vez, cedia de 4,20% para 4,18% ao ano.

Entre os papéis com retorno prefixado, o título com vencimento em 2023 oferecia uma taxa anual de 4,71%, frente a 4,79% paga anteriormente. Já o prêmio do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 recuava de 7,76% para 7,63% ao ano.

No Tesouro Selic, a taxa de deságio voltou a recuar levemente nesta terça-feira, ficando próxima de 0,20%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (20):

Fonte: Tesouro Direto

Pacote de estímulos

No ambiente internacional, o sentimento era o de otimismo com a possibilidade de um acordo entre republicanos e democratas para a aprovação de um pacote de estímulos econômicos nos Estados Unidos.

Isso porque hoje é o fim do prazo para o ultimato oferecido pela presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

Um porta-voz de Pelosi disse que as diferenças estavam diminuindo nas negociações e que a presidente da Câmara e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, devem fazer uma nova tentativa de fechar o acordo nesta terça-feira.

Na Europa, os investidores continuaram acompanhando as notícias sobre o aumento do número de casos de coronavírus. A Irlanda se prepara para instituir seus níveis mais altos de restrições, enquanto o País de Gales pretende iniciar um lockdown nacional.

Cena doméstica

Na cena local, dentro das discussões sobre a agenda fiscal para 2021, o mercado repercutiu o estudo do Centro de Liderança Pública (CLP) feito em parceria com o economista do Insper Ricardo Paes de Barros e divulgado pelo jornal Estado de S. Paulo.

O documento propõe formas de viabilizar um programa de transferência de renda de R$ 27 bilhões que substitua o Bolsa Família e o auxílio emergencial, sem furar o teto de gastos.

Entre os indicadores domésticos, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel no país, registrou inflação de 2,92% na segunda prévia de outubro.

A taxa é inferior aos 4,57% da segunda prévia de setembro. Mesmo assim, o índice acumulado em 12 meses subiu de 18,20%, na segunda prévia de setembro, para 20,56% na segunda prévia de outubro.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela pesquisa, a queda da taxa de setembro para outubro foi provocada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPCA), cuja taxa de inflação recuou de 6,36%, na prévia de setembro, para 3,75%, na prévia de outubro.

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