Tesouro Direto: taxas de títulos públicos têm alta nesta quarta-feira

Com dia de maior tensão no exterior, investidores ainda monitoraram dados da produção industrial, no Brasil, e de emprego, nos Estados Unidos

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Em um dia de maior aversão a risco por conta do aumento do número de casos e de mortes associados ao coronavírus no mundo, os títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentaram alta nesta quarta-feira (1).

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Entre os papéis indexados à inflação, o Tesouro IPCA+2026 pagava um juro real de 3,70% ao ano, ante 3,63% a.a. na tarde de terça-feira (31). O título com vencimento em 2035, por sua vez, pagava 4,56% ao ano, ante 4,44% a.a. anteriormente.

Com relação aos títulos prefixados, o juro do título com vencimento em 2023 subia de 5,30% para 5,52% ao ano, enquanto o Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2031 pagava 8,09% ao ano, ante 7,80% a.a. ontem.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta quarta-feira (1):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário

Na agenda de indicadores domésticos, os dados de atividade divulgados superaram as expectativas. A produção industrial cresceu 0,5% em fevereiro, na comparação mensal. O resultado ficou acima da estimativa dos economistas compilada no consenso Bloomberg, que apontava para uma retração de 0,4%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação anual, houve queda de 0,4%.

No exterior, investidores acompanham o relatório de emprego ADP do setor privado nos Estados Unidos, que mostrou a eliminação de 27 mil postos de trabalho em março, também melhor que o esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg, que viam uma destruição de 150 mil vagas.

Ainda assim, os dados contrastam com os apresentados em fevereiro, quando a maior economia do mundo criou 183 mil vagas de empregos no setor privado.

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Pesa ainda sobre os mercados nesta quarta-feira a afirmação do presidente americano Donald Trump de que o país terá “duas, três semanas muito duras” pela frente, por conta do coronavírus. Segundo a Casa Branca, os EUA poderão ter entre 100 mil e 240 mil mortes pela doença.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro moderou o tom sobre o coronavírus em discurso na noite de ontem e classificou a crise como o “maior desafio da nossa geração”. Bolsonaro trocou ainda as provocações por uma lista de medidas do governo na saúde e na economia. “Temos uma missão: salvar vidas sem deixar para trás os empregos”, afirmou.

No mundo, o número de pessoas contaminadas pela Covid-19 superou 861 mil, enquanto as mortes ultrapassaram 42,3 mil. Apenas no Brasil, são mais de 5,8 mil casos confirmados e 203 mortes.

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