Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem nesta sexta-feira

SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta sexta-feira (22), após recuarem pela manhã.

Entre os indicadores, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado mais cedo e considerado uma prévia da inflação oficial, apresentou alta de 0,14% em novembro, mostrando leve aceleração em relação à taxa de 0,09% registrada em outubro. A expectativa, segundo a Bloomberg, era de alta de 0,16%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o menor resultado para um mês de novembro desde 1998, quando a taxa foi negativa, em 0,11%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,83% e, em 12 meses, de 2,67%, abaixo dos 2,72% registrados nos 12 meses anteriores.

Na cena externa, mercados seguiram monitorando os desdobramentos da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Se os dois lados não chegarem a um acordo, o presidente americano Donald Trump já sinalizou que, em 15 de dezembro, os EUA podem impor novas tarifas, de 15%, a cerca de US$ 160 bilhões em compras da China.

No Tesouro Direto, o título atrelado à inflação com juros semestrais e vencimento em 2035 pagava uma taxa anual de 3,10%, ante 3,07% ao ano na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 43,82 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) para investir no papel, ou adquirir o título integralmente por R$ 4.382,72.

Os títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio de 3,24% ao ano, ante 3,21% a.a. anteriormente.

A alta nas taxas também era encontrada nos papéis com rendimento prefixado, como o com juros semestrais e vencimento em 2029, em que a taxa subia de 6,77% para 6,78% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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