Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem nesta quarta-feira

Investidores monitoraram leilão da cessão onerosa e desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

Publicidade

SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentaram alta na tarde desta quarta-feira (6).

Principal notícia do dia, investidores monitoraram o megaleilão de quatro campos do excedente da cessão onerosa, que marcou um interesse menor do que o esperado de atores estrangeiros nas áreas e trouxe uma arrecadação de R$ 70 bilhões, contra R$ 106,5 bilhões esperados pela União com a venda de todos os campos.

O megaleilão trouxe volatilidade para as ações da Petrobras (PETR4). Os papéis preferenciais da estatal chegaram a cair 5,23% na mínima e subir 3,54% na máxima do dia.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Houve ainda reflexos do “Plano Mais Brasil”, pacote de medidas econômicas entregue ontem (5) ao presidente do Senado, que incluiu três propostas de emenda à Constituição (PEC): a do “pacto federativo”, também chamada pelo governo de “PEC mais Brasil”, que promove uma descentralização de recursos para estados e municípios; a emergencial, que pretende implementar gatilhos para conter a evolução dos gastos obrigatórios; e a que revisa fundos públicos. Entenda mais sobre as propostas clicando aqui.

Já no ambiente externo, os mercados foram marcados por um aumento de aversão ao risco, após notícia de que Pequim quer que o presidente dos EUA, Donald Trump, reverta as tarifas impostas em setembro sobre US$ 125 bilhões em mercadorias chinesas. Essa seria uma condição essencial para o fechamento da fase 1 do acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.

No Tesouro Direto, o título indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com juros semestrais e vencimento em 2050 oferecia uma taxa de 3,24% ao ano, ante 3,21% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 4.993,36 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 49,93 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Continua depois da publicidade

Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam retorno anual de 2,96% ao ano ante 2,94% a.a. anteriormente.

Nos títulos com retorno prefixado, a taxa oferecida pelo Tesouro Prefixado 2025 avançava de 6,05% para 6,10% ao ano, enquanto o Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2029 pagava 6,46% ao ano, ante 6,40% a.a. na véspera.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Saia da poupança e faça seu dinheiro render mais: abra uma conta gratuita na Rico