Tesouro Direto: taxas de títulos públicos recuam nesta terça-feira

Investidores monitoraram alívio na tensão política no Brasil e ambiente externo favorável; protestos nos EUA seguiram no radar

Mariana Zonta d'Ávila

"Shutterstock"

SÃO PAULO – Refletindo um alívio na tensão política no Brasil e um ambiente favorável na cena externa, com a reabertura de economias, as taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam em queda na tarde desta terça-feira (2).

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No radar político doméstico, destaque para a notícia do jornal O Globo de que o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o pedido de partidos para que fossem apreendidos celulares do presidente Jair Bolsonaro e do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Segundo a reportagem, o procurador-geral da República, Augusto Aras, já havia se manifestado no STF contra a apreensão dos aparelhos. Aras entendeu que, como a investigação é competência do Ministério Público Federal, não cabe intervenção de terceiros no processo, como no caso de partidos e parlamentares.

O arquivamento sugere algum alívio nas tensões, uma vez que os pedidos de apreensão do celular geraram forte contrariedade de Bolsonaro e seus apoiadores.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com juros semestrais e vencimento em 2040 pagava uma taxa anual de 4,10%, ante 4,19% ao ano na tarde de segunda-feira (1). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 4,20%, frente aos 4,27% a.a. pagos anteriormente.

Entre os títulos prefixados, o juro do papel com vencimento em 2023 cedia de 4,27% para 4,13% ao ano, enquanto o prêmio pago pelo mesmo papel com prazo em 2026 recuava de 6,52% para 6,33% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta terça-feira (2):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário externo

Entre os destaques do dia na cena externa, contribuíram para um maior otimismo do mercado a notícia da Bloomberg de que exportadores de soja dos Estados Unidos venderam várias cargas para clientes estatais chineses, sinalizando que algumas transações ainda estão em andamento, mesmo depois que autoridades do governo chinês ordenaram a pausa das compras.

A informação, somada ao processo de reabertura de economias na Europa, ofuscou as preocupações com os protestos nos Estados Unidos, após o assassinato de George Floyd, um homem negro, desarmado, pela polícia de Minneapolis.

Ontem, durante discurso na Casa Branca, o presidente americano Donald Trump ameaçou fazer uso de forças militares para deter o avanço das manifestações que tomam conta do país desde o último dia 26.

Os protestos ganham força no momento em que o país começa a adotar medidas de abertura da economia após as restrições impostas pela pandemia de coronavírus.

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