Tesouro Direto: taxas de títulos públicos recuam nesta sexta-feira

Investidores repercutiram falas de Paulo Guedes e monitoraram aumento do número de casos de Covid-19 nos EUA e incentivos fiscais e monetários na Europa

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto acentuaram as quedas na tarde desta sexta-feira (17), com o mercado de olho na cena política doméstica.

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Ontem, durante painel da Expert 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que encaminhará ao Congresso Nacional, na terça-feira (21), a primeira parte da proposta da Reforma Tributária.

Segundo ele, o texto tratará da criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, sendo resultado da unificação de impostos federais e estaduais. “Vamos começar com o IVA dual e acabar com o PIS/Cofins. Isso já está na Casa Civil”, afirmou.

Já sobre a criação de uma nova CPMF, o ministro se defendeu, declarando se tratar de uma tributação de base mais ampla no comércio eletrônico, mas não “o mesmo imposto mudando de nome”. Pelo Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu que não há espaço para discutir uma nova CPMF.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ainda na quinta-feira que a economia começa a demonstrar uma “recuperação em V”, mas que há dúvidas sobre o quão suave será a recuperação. “Não acreditamos que a recuperação será um V completo”, acrescentou.

Em live organizada pelo Itaú, Campos Neto disse que os especialistas começam, de forma incipiente, a revisar projeções de inflação para cima.

Em relação às projeções do BC, ele disse que, para a inflação, há muito menos assimetria do que para o crescimento. “Hoje é mais provável crescimento acima da nossa projeção. Ainda existe grau de conforto grande na inflação. Nosso cenário hoje é que inflação reaja bem menos”, completou.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, entre os papéis com retorno prefixado, o juro pago pelo título com vencimento em 2026 cedia de 6,14% para 5,99% ao ano, nesta tarde, enquanto o prêmio anual oferecido pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2031 recuava de 6,70% para 6,56% ao ano.

Já entre os títulos com rentabilidades indexadas à inflação, o papel com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,32%, frente os 2,36% oferecidos anteriormente. Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 3,67%, frente à taxa de 3,80% a.a. na véspera.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta sexta-feira (17):

Fonte: Tesouro Direto

Cena externa

No ambiente internacional, os investidores continuaram monitorando o aumento do número de casos de coronavírus nos Estados Unidos.

Ontem, o país registrou mais de 77 mil novos casos de Covid-19, um novo recorde, chegando a 3,6 milhões de casos até o momento. No mundo, os casos da doença já confirmados totalizam 13,9 milhões, com quase 600 mil mortes.

Hoje, as atenções também se voltaram para a conclusão de um suporte fiscal e monetário na Europa. Isso porque as lideranças europeias irão se reunir, em Bruxelas, para tentar chegar a um acordo sobre um fundo de 750 bilhões de recuperação para a região.

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