Tesouro Direto: taxas caem com expectativas mais baixas para Selic e IBC-Br

Investidores acompanham novo corte na projeção da Selic, atividade econômica fraca em agosto e acordo comercial entre China e EUA

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda na tarde desta segunda-feira (14), pelo 10º dia consecutivo.

No âmbito doméstico, as atenções se voltam hoje à divulgação mais recente do Relatório Focus, do Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou que o mercado rebaixou as projeções para a taxa básica de juros em 2020, de 5% para 4,75% ao ano — em linha com o esperado para 2019. Para 2021, a projeção para a Selic se manteve em 6,5% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ocorre nos dias 29 e 30 de outubro — e o mercado vê cortes mais agressivos.

Após a deflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro, a projeção para o indicador em 2019 caiu de 3,42% para 3,28%, enquanto a de 2020 cedeu de 3,78% para 3,73%. Para 2021, a expectativa para a inflação ficou inalterada em 3,75%. Já a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro permaneceu inalterada em 2019, em 0,87%, assim como nos dois anos seguintes: 2% em 2020 e 2,50% em 2021.

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Ainda no radar dos investidores, novos dados sustentam o fraco desempenho da atividade econômica brasileira. Em agosto, o IBC-Br, índice considerado uma “prévia” do PIB, teve alta de 0,07% na comparação mensal, ante estimativa de 0,20% dos economistas consultados pela Bloomberg. Na comparação anual, a queda é de 0,73%, mais acentuada do que o esperado.

No Tesouro Direto, o título indexado ao IPCA com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,37%, ante 2,40% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.892,57 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 57,85 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

O título com juros semestrais e vencimento em 2026, por sua vez, pagava a inflação mais 2,60% ao ano, ante 2,62% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do Tesouro IPCA+ com juros semestrais e prazo em 2035 recuava de 3,15% para 3,14% ao ano.

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Já o papel com retorno prefixado e vencimento em 2025 oferecia uma taxa de 6,26% ao ano, a mesma apresentada pela manhã. O mesmo acontecia com o Tesouro Prefixado 2022, que pagava 5,05% ao ano nesta tarde.

Na cena externa, mercados seguem animados com o acordo comercial parcial entre China e Estados Unidos, mas temem desdobramentos que desmintam o cenário de euforia precificado na última sexta-feira.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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