Tesouro Direto: taxas de títulos prefixados têm alta nesta sexta-feira

SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos prefixados negociados via Tesouro Direto apresentavam alta nesta sexta-feira (16).

O Tesouro Prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 4,93% nesta tarde, ante taxa de 4,83% a.a. na quinta-feira (16). O juro pago pelo mesmo título com prazo em 2026, por sua vez, tinha alta de 7,34% para 7,40% ao ano.

Entre os títulos indexados à inflação, o movimento era de estabilidade. O com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 2,88%, frente a 2,87% a.a. anteriormente, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+2035 era de 4,09%, ante 4,11% a.a. ontem.

No Tesouro Selic, a taxa de deságio, que chegou a 0,37% na semana passada, estava próxima de 0,19% ao ano nesta tarde – a mesma apresentada no dia anterior.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta sexta-feira (16):

Cena doméstica

No âmbito local, as atenções recaíram hoje sobre a matéria do jornal Estado de S. Paulo de que o governo terá que pagar mais de R$ 640 bilhões em títulos da dívida pública entre janeiro e abril de 2021.

Isso significa que, apenas nesse período de quatro meses, o Tesouro precisará pagar a investidores o equivalente a 15,4% da dívida interna brasileira, mais que o dobro do que costuma ser pago, segundo o jornal.

Com a maior desconfiança do mercado sobre as contas brasileiras, que tem levado à emissão de títulos com prazo mais curto pelo Tesouro, os investidores seguiram acompanhando de perto as falas de autoridades políticas sobre o risco fiscal no Brasil.

Ontem, em evento virtual do banco BMG, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, afirmou que a base do governo está entendendo que não há saída fora do teto de gastos e que a maioria dos deputados apoiam as reformas.

A fala de Maia se contrapõe à do vice-presidente Hamilton Mourão, que afirmou ontem mais cedo, segundo o jornal Estado de S. Paulo, que o Renda Cidadã pode ficar fora do teto.

Quadro internacional

Na cena externa, os investidores repercutiram o anúncio da farmacêutica Pfizer de que poderá solicitar uma autorização de uso emergencial de sua vacina contra a Covid-19 até o fim de novembro, caso receba dados positivos de eficácia e segurança nos testes que estão sendo feitos em voluntários.

A cautela, contudo, continuou imperando nos mercados, em meio ao crescimento de casos da doença nos Estados Unidos e de novas infecções e lockdowns na Europa, em cidades como Londres e Paris.

A dificuldade nas negociações entre democratas e republicanos para um pacote de estímulos nos EUA também repercutiu negativamente sobre as bolsas mundiais.

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