Publicidade
SÃO PAULO – Os títulos públicos atrelados à inflação continuaram sendo os mais procurados pelos investidores no início deste ano. De acordo com dados do Tesouro Nacional, em janeiro, a participação das NTN-B e NTN-B Principal, títulos públicos indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 51,9% sobre o total de títulos públicos comercializados pelo programa Tesouro Direto.
O percentual equivale a R$ 319,8 bilhões de títulos deste tipo comercializados no primeiro mês do ano. No total, o volume negociado pelo Tesouro Direto foi de R$ 616,3 milhões.
Para o especialista em finanças da MoneyFit, André Massaro, a elevada procura por títulos atrelados à inflação ainda reflete as incertezas das pessoas sobre a trajetória dos preços. “Hoje, a inflação não é nada, se comparada com aquela que tínhamos nos anos 80 e início dos anos 90. Mas, ainda assim, ela é alta para os padrões mundiais”, afirma. “Por isso, o investidor procura meios de se proteger dela”, continua.
Oferta Exclusiva para Novos Clientes
CDB 230% do CDI
Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
No ano passado, o IPCA ficou em 6,5%, teto da meta estipulado pelo governo para o indicador. Para 2012, o governo já anunciou que espera uma inflação menor, abaixo dos 5% – o que é contestado por alguns economistas.
Diversificação
Para o gestor de investimentos da Lecca, Georges Catalão, a opção dos investidores pelos títulos atrelados à inflação é acertada. “O risco de a inflação voltar a pressionar, uma vez que o governo parece almejar crescimento a qualquer custo, pode fazer com que essa modalidade de investimento gere bons resultados”, aponta.
O especialista da MoneyFit concorda, mas recomenda que o investidor diversifique a sua carteira de títulos públicos entre os pré e os pós-fixados. “É importante ter uma carteira balanceada, com uma parte em títulos indexados ao IPCA e outra parte em títulos pré-fixados, devido à tendência de queda dos juros”, diz Massaro.
Continua depois da publicidade
Ao comprar um título prefixado, o investidor sabe na hora qual será a sua rentabilidade e pode aproveitar que os juros ainda estão em um patamar alto para adquirir este tipo de título.
O gestor da Lecca também ressalta a importância da diversificação. “O ideal é não concentrar todos os investimentos nessa categoria (inflação)”, diz.
Para ele, para quem investe em fundos multimercados, o momento é de manter mais exposição à estratégia macro, que busca antecipar as tendências do mercado. Já no caso da estratégia Long & Short, o ideal é investir somente em Long & Shorts Neutros ao mercado, já que essa estratégia tem mais capacidade de proteger o investidor das oscilações que ainda podem ocorrer.