Tesouro Direto: prêmios dos títulos públicos têm altas expressivas nesta segunda-feira

Cena política nos Estados Unidos e avanço nos casos e mortes provocados pela Covid-19 guiaram o mercado no início da semana

Lucas Bombana

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados pelo programa Tesouro Direto operavam em forte alta nesta segunda-feira, em uma sessão marcada pelo sentimento de maior aversão ao risco dos investidores.

As consequências da invasão ao congresso dos Estados Unidos na semana passada, bem como o aumento nas mortes pela Covid-19, contribuíram para o mau humor que predomina neste início de semana.

No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 7,13% nesta tarde, ante 6,86% na sexta-feira (8). O juro pago pelo Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031, por sua vez, subia de 7,45% para 7,64% ao ano.

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Já entre os indexados à inflação, o prêmio do papel com vencimento em 2026 avançava de 2,55% para 2,71% ao ano. Já a taxa oferecida pelo mesmo papel com prazo em 2045 era de 3,66%, contra 3,55% anteriormente.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (11):

Fonte: Tesouro Direto

Cena global

O noticiário político americano dividiu a atenção dos investidores nesta segunda-feira com o avanço da Covid-19 na Europa e as consequentes medidas restritivas, que tendem a retardar a retomada da economia.

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Nesta tarde, os democratas apresentaram formalmente o segundo pedido de impeachment contra o presidente Donald Trump. Os opositores afirmam que o mandatário cometeu a “incitação à insurreição”.

As quatro páginas do documento fazem referência às falsas alegações de fraude na vitória de Joe Biden, às suas pressões contra os procuradores da Geórgia para reverter o resultado da disputa no estado e o comício no qual incitou seus apoiadores a invadirem o Capitólio – em ato que deixou cinco mortos – no dia 6 de janeiro.

Com isso, começa a correr o prazo de 24 horas para que o processo seja iniciado no Congresso.

Na Europa, investidores focaram na alta de casos globais de coronavírus, enquanto economias importantes da região buscam acelerar a vacinação de trabalhadores da área de saúde e de idosos.

Na sexta, o Reino Unido voltou a bater seu recorde de novos casos de Covid em um único dia, com 68.053 diagnósticos. Foram registradas 1.325 mortes, também recorde.

Na França, o primeiro-ministro, Jean Castex, afirmou que a vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna deve chegar ao país nesta segunda, de acordo com informações da agência internacional de notícias Reuters.

O governo já vem aplicando o imunizante desenvolvido pela parceria entre Pfizer e BioNTech, mas recebeu críticas pela velocidade do processo de vacinação.

Quadro doméstico

Já no Brasil, o consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre a Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde, divulgou no domingo (10) o avanço da pandemia em 24 horas no país, com forte alta de novos casos e mortes.

A média móvel de mortes em sete dias foi de 1.016, alta de 65% frente o patamar de 14 dias antes, e o maior registro desde 11 de agosto. Em apenas um dia houve 483 mortes.

Na agenda de indicadores, o mercado revisou suas projeções para a Selic e agora vê maior espaço para a alta da taxa básica de juros neste e no próximo ano.

As estimativas apontam para Selic a 3,25% até o fim deste ano (ante 3,00% na última semana) e para 4,75% até dezembro de 2022, contra projeção anterior de 4,50%. Os dados constam do relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (11).

Atualmente, a taxa básica de juros está em 2,00% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a primeira do ano, acontece na semana que vem, nos dias 19 e 20 de janeiro.

Ainda entre os indicadores projetados no Focus, as expectativas apontam para inflação de 3,34% em 2021 (ante 3,32% na semana passada) e de 3,20%, em 2022, sem alterações em relação ao levantamento anterior.

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