Tesouro Direto: taxas caem com repercussão de dados de desemprego e inflação nos EUA e no Brasil

O desemprego no Brasil veio abaixo do esperado pelo mercado, enquanto o PCE dos EUA veio em linha com as expectativas

Leonardo Guimarães

Notas de real (Crédito: Shutterstock)

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A rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto recua nesta sexta-feira (28), enquanto investidores repercutem dados do mercado de trabalho brasileiro e de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.

A taxa média de desemprego no Brasil caiu para 8% no trimestre encerrado em junho, 0,8 ponto percentual abaixo da taxa observada entre janeiro e março. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

É a menor taxa para um segundo trimestre desde 2014. No mesmo período no ano passado, a taxa estava em 9,3%. O indicador surpreendeu positivamente os analistas, que esperavam recuo da taxa média para 8,2%.

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O dia também é de divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) no Brasil, conhecido como a “inflação do aluguel”.

Já nos Estados Unidos, o Departamento do Comércio divulgou que o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,2% em junho, ante maio, e avançou 4,1% na comparação anual.

O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado, que projetava alta mensal de 0,2% e de 4,2% na comparação anual, segundo a Refinitiv.

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O indicador é um dos mais importantes para as decisões de política monetária do Federal Reserve (o banco central americano, Fed). Atualmente, maior parcela dos agentes acredita que a autoridade irá manter os juros na reunião de setembro (80%), mas há quem veja chance (20%) de novos aumentos de 0,25 ponto para a faixa entre 5,50% e 5,75%.

No Tesouro Direto, o prefixado para 2026 pagava 10,13%, na primeira atualização da manhã, às 9h19, após entregar rentabilidade de 10,14% na véspera. A taxa do Tesouro Prefixado 2029 caía de 10,70% ontem para 10,67% hoje pela manhã. Já o juro do Tesouro Prefixado 2033 registrava estabilidade, ao passar de 10,85% para 10,86%, na abertura dos negócios.

Nos títulos de inflação, todas as taxas reais apresentavam recuo, na abertura dos negócios. O juro real do Tesouro IPCA+ 2055 caía de 5,49% para 5,42%, já a rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2045 tinha queda de 5,57% para 5,50%. O papel com vencimento em 2035 oferecia retorno real de 5,22% – após taxa de 5,30% na véspera.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta sexta-feira (28):

Fonte: Tesouro Direto

IGP-M apresenta nova deflação em julho

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve nova deflação em julho. Desta vez, o recuo foi de 0,72%. O indicador já havia mostrado queda de 1,93% em junho. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado anunciado hoje, o índice acumula recuo de 5,15% no ano e queda de 7,72% em 12 meses. Em julho de 2022, o índice tinha mostrado variação positiva de 0,21% e acumulava alta de 10,08% em 12 meses.

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A deflação foi um pouco mais forte do que a projetada pelos analistas, que estimavam queda de 0,71% na comparação mensal.