Tesouro Direto: taxas dos prefixados se recuperam e piso vai a 11,36% com revisão do IPCA no boletim Focus

Juros de títulos públicos se recuperam após queda generalizada pela manhã

Leonardo Guimarães

(Unsplash)

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As taxas dos títulos do Tesouro Direto se recuperaram de queda nesta segunda-feira (22) e passaram a subir, após uma revisão mais forte do mercado na expectativa de inflação para 2023. O Relatório Focus do Banco Central mostrou que a projeção de analistas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano caiu de 6,03% para 5,80%.

A estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) subiu de 1,02% para 1,20%. Na sexta-feira, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) já havia dado sinais de atividade econômica mais forte que a esperada ao cair 0,15% em março, enquanto o consenso Refinitiv previa queda de 0,3%.

Ainda no cenário local, investidores continuam de olho na tramitação do novo marco fiscal. O projeto de lei deve ser votado no plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (24).

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Lá fora, o assunto ainda é a negociação da ampliação do teto da dívida dos Estados Unidos. Joe Biden deve se encontrar hoje com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, para tratar do assunto.

No Tesouro Direto, as taxas passaram a subir após queda pela manhã, com destaque para os prefixados. O mais curto, com vencimento em 2026, tinha rentabilidade anual de 11,36% na última atualização, às 15h17. Na sexta-feira, o título pagava 11,31% e pela manhã o retorno era de 11,30% ao ano. Já a taxa do Tesouro Prefixado 2029 passou de 11,79% pela manhã para 11,82%.

Nos títulos atrelados à inflação também houve recuperação das taxas ao longo do dia, mas apenas o Tesouro IPCA+ 2029 entregava rentabilidade real maior na comparação com sexta-feira – 5,51% hoje ante 5,49% na última sessão.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na tarde desta segunda-feira (22):

Focus

A previsão do mercado para o IPCA de 2024 também recuou, de 4,15% para 4,13%, enquanto as de 2025 e a de 2026 foram mantidas em 4,0%.

Especificamente para os preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 recuou de 10,53 para 9,50%. Há um mês, a projeção estava em 10,71%. A estimativa para 2024 foi mantida em 4,50% e as 2025 e 2026, continuaram em 4,0%.

A estimativa para o PIB de 2024 recuou de 1,38% para 1,30%, enquanto as e 2025 e 2026 foram mantidas, em 1,70% e 1,80%, respectivamente.

Dívida dos EUA

Em mais um capítulo sobre a negociação da dívida dos Estados Unidos, a secretária do Tesouro do país, Janet Yellen, disse, ontem, que “escolhas difíceis” precisarão ser feitas sobre quais contas não serão pagas se o teto da dívida não for aumentado e reafirmou seu alerta de que os EUA podem deixar de pagar sua dívida já em 1º de junho.

Arcabouço fiscal

Há otimismo do governo para aprovar o projeto de lei do marco fiscal na Câmara dos Deputados na quarta-feira. São necessários pelo menos 257 fatoráveis à proposta votos com quórum de 513 deputados. Na semana passada, 367 deputados foram a favor do requerimento de urgência do texto.

Oficialmente, a sessão ainda não foi convocada, mas, na semana passada, o relator da proposta, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), já tinha informado que, por acordo, o mérito do projeto seria votado no dia 24.